quinta-feira, 26 de junho de 2025

Prefeitura cortou merenda de funcionários das escolas sem providenciar refeitórios

Prefeito e secretário da Educação. Foto: Jornal SP Repórter
David da Silva

Funcionários da rede municipal do Ensino de Taboão da Serra reclamam da falta de ambiente adequado para as suas refeições. O acesso desses servidores à alimentação escolar está proibido desde o último dia 23.

Em mensagem por whatsapp na tarde da 2ª-feira (23), uma funcionária denunciou ao blog bar&lanches taboão que “na minha escola não temos cozinha para funcionários. Temos que lavar a marmita na pia do banheiro”.

Nesta 4ª-feira (25), outra servidora pública relatou que “está muito difícil a nossa situação na escola. Tem apenas um micro-ondas para todos os funcionários. A sala dos professores não tem pia para lavar talheres e vasilhas”. Na escola onde essa funcionária trabalha, não tem geladeira para os trabalhadores guardarem os alimentos trazidos de casa.

Uma terceira servidora da Prefeitura de Taboão revelou: "Na escola onde eu trabalho, quem comprou o micro-ondas foram os funcionários".

Salário de fome

O Quadro de Apoio Escolar é o mais sacrificado com o corte do almoço. Assistentes de desenvolvimento infantil (ADI) e assistentes de desenvolvimento escolar (ADE) recebem salário-base menor que o salário mínimo nacional (R$ 1.518,00). O piso salarial das ADEs é de R$ 1.334,87, e o das ADIs, R$ 1.479,99. Auxiliares de classe ganham salário-base de R$ 1.569,82. Nenhum desses cargos tem vale-refeição.

As cozinhas das escolas municipais estão terceirizadas para a Star Nutri. Os empregados da empresa podem comer a merenda escolar.

Patada

Em 5 de junho, na audiência com funcionários públicos municipais, o prefeito Daniel afirmou que o vale-alimentação não será reajustado no nível pretendido pelo sindicato da categoria. “Vale-alimentação de mil reais não será pago. Não tem nem estudo pra isso”.

O vale-alimentação dos funcionários da prefeitura é de R$ 305,46, o que equivale a dez reais por dia (R$ 10,18).

Pesquisa da Fundação Procon-SP em convênio com o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Sócioeconômicos) aponta que na Cidade de SP o custo médio da cesta básica era R$ 1.365,51 em 31 de março, R$ 1.369,81 no dia 30 de abril, e encerrou maio em R$ 1.364,39.

Funcionários da Prefeitura de Taboão não recebem vale-transporte. Perguntado sobre o assunto, veja a resposta de Daniel:

3 comentários:

Anônimo disse...

A raiz de todos os males nunca foi o dinheiro, porque se esse for bem usado para o bem de TODOS OS IRMÃOS, o mundo seria perfeito, a raiz de todos os males da humanidade neste planeta é o orgulho e principalmente o egoísmo...

Anônimo disse...

O egoísmo é algo assustador, uns vão gozar dias luxuosos enquanto outros não tem o mínimo para manter- se. E se dorme tranquilo assim.

Anônimo disse...

Um desrespeito com funcionários, enquanto falam em corte de gastos , os cabides de emprego continuam crescendo na seduc.