Morte do motoboy gerou protesto na rodovia Fotos: Reprodução Facebook e @dronevhs |
David da Silva
A
retirada da concessionária Arteris Régis do trecho taboanense da BR-116 é a
principal dificuldade em localizar quem atropelou e matou um motoboy no km 274,5
da pista sentido Sul no último dia 12 de maio. O percurso entre o km 268,9 e o
km 275,45 era patrulhado pela Polícia Rodoviária Federal, e a concessionária
monitorava a estrada com câmeras. A falta desse equipamento permitiu que o
motorista fugisse sem ter a placa do veículo identificada. Dez dias depois da
ocorrência, o caso ainda não está solucionado.
A Prefeitura de Taboão assumiu o controle da BR-116 às 22h de 22.fev.2024 – o termo de municipalização foi assinado três dias antes. Não houve aumento do efetivo da GCM e da Secretaria de Trânsito para atender à nova demanda de motoristas e pedestres nos 13 quilômetros municipalizados - são duas pistas com 6,5 km cada. O município está desde 20.jan.2024 sem videomonitoramento das ruas, porque a gestão Aprígio não renovou o contrato, e a nova licitação está suspensa por ordem da Justiça e do Tribunal de Contas.
Jogados na pista
Por
uma ironia cruel, Roney Rodrigues Andrade Oliveira, de 35 anos, ficou sem
combustível e empurrava sua moto pelo acostamento, quando foi colhido por um
IX35 branco em frente a um posto de gasolina. Eram 5h45, e ele entregava cestas
de café da manhã do Dia das Mães.
A irmã dele relatou a tragédia nas redes sociais:
Priscila conta que, devido à falta de câmeras de monitoramento por
parte da prefeitura, a família fez contato com o comércio: “Só tem um posto de
combustível que a câmera dá pra pegar [o número da placa], mas eles não
liberaram. Só com ordem judicial”, lamenta.
O
retrovisor direito e um pedaço do para-choque do IX35 ficaram jogados na pista,
e foram recolhidos para perícia.
O
motorista cometeu "homicídio culposo na direção de veículo automotor,
atropelamento e fuga de local de acidente".
Colegas de profissão do motoboy fizeram um protesto no dia seguinte ao sepultamento. “Queremos o número da placa”, foi o grande clamor na manifestação.
A família recorre a grupos do whatsapp para tentar suprir a falha da autoridade municipal:
Moradores de Taboão da Serra são unânimes em apontar a gestão pública como responsável pela não identificação do veículo:
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