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Manifestação na Câmara Municipal: categoria se mantém mobilizada dentro dos locais de trabalho, em estado de greve |
A direção do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Taboão da Serra (SindTaboão) esteve no plenário da Câmara de Vereadores nesta 3ª-feira (10), acompanhando os debates para igualar o salário base da prefeitura com o salário mínimo nacional. O presidente do SindTaboão Anderson Luis Pereira denunciou perseguição contra funcionários, mesmo os que estiveram nos seus locais de trabalho durante a greve, deflagrada no último dia 5. A categoria agora retoma o estado de greve por tempo indeterminado.
“Não
vai continuar a greve. Vamos ficar em estado de greve, trabalhando nos nossos
postos de trabalho, até que seja votado definitivamente esse projeto [da
equiparação salarial]”, explica o líder sindical.
Anderson
Pereira manifestou “um misto de alegria e de tristeza” com a união do funcionalismo
público municipal, “uma categoria que há tanto tempo tem sido massacrada”. “Não
me conformo ainda. Não entra na minha mente nós estarmos buscando o mínimo. Um
município que tanto arrecada e tendo o pior salário da região”, desabafa ao se
referir à hashtag escolhida como palavra-de-ordem da atual campanha salarial.
Para
o presidente do Sindaboão, o salário base equiparado ao mínimo nacional “é um
passo que não resolve ainda a categoria como um todo. Temos de continuar
discutindo os cargos técnicos. Precisamos discutir o nosso vale alimentação.
Muito era falado que o funcionalismo é o coração e o pulmão da prefeitura. Não
precisaria uma mobilização dessa”.
O
sindicato não considera adequado que os serviços públicos tenham problemas. “Nós
sentimos que não é bacana a população ir à UBS e não ter o atendimento como
deveria, o pai que tem de se remanejar pra deixar o filho com o vizinho porque
os funcionários estão numa luta legítima, e ter que ocupar este espaço [da
Câmara Municipal] pra pedir o básico para sobreviver”.
Perseguições
Anderson
Pereira usou a tribuna da Câmara para informar que “está tendo perseguição até
a quem não participou do ato de greve, que ficou nas unidades de trabalho. Estão
sendo perseguidos também, porque não davam conta de atender [o público] tendo
em vista que estava tendo o movimento [da greve]. Se continuarem as perseguições,
vamos continuar mobilizados. Não vamos aceitar que nenhum servidor seja
perseguido. O que exigimos é apenas respeito e valorização”, acrescentou.
Impacto
A
superintendente da TaboãoPrev Eliana Bendini participou da sessão da Câmara,
para explicar que a análise do efeito da equiparação salarial na folha de
pagamento da prefeitura é obrigatória por lei. “O estudo mostra quanto o
município pode assumir. Mas ele não diz se pode ou não fazer, apenas projeta o
impacto”, esclarece.
“Existe uma empresa de assessoria contratada
para a realização do estudo atuarial, que tem previsão de 30 a 45 dias para
finalizar”, diz Bendini.
O
estudo começou a ser feito em 29 de maio, quando o estado de greve já estava em
curso.
Diálogo
Desde
o início do ano o SindTaboão tenta abrir uma linha de diálogo com a gestão
Daniel. O ofício encaminhado ao gabinete do prefeito em 15.jan.2025 já apontava
a necessidade de negociação do dissídio e o aumento do vale alimentação.
Em
05.maio.2025, o sindicato informou ao Executivo a ebulição das demandas do
funcionalismo. A insatisfação dos servidores escalou com a falta de pagamento
do prêmio de incentivo aos concursados em março e abril.
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Documento entregue ao prefeito no início do mandato |
Os funcionários públicos deveriam pedir exoneração em massa, pois além do salário ridículo, ainda tem que aguentar "chefias" desqualificadas que somente existem porque entregaram panfletos de políticos laddrões na eleição. Essa fórmula tem tudo para dar errado.
ResponderExcluirVerdade nua e crua...
ExcluirMas analisando o drama real, tá parecendo mais aqueles casos em que o patrão quer que o empregado peça a conta para ir embora ao invés dele ter coragem de demitir e pagar todos os seus direitos, para dar mais espaço para os nomeados, tipo assim já foi tarde.
ExcluirO que mais me deixa estarrecido é o entorpecimento dos vereadores. Enquanto o prefeito estiver satisfazendo os seus interesses, eles ficam na inação fulgente. A fiscalização do executivo cabe a eles. Preferem ficar fazendo videos em rede social ao invés de defender os interesses dos funcionários.
ResponderExcluirAlguns vereadores trazem a impressão que são extremamente submissos ao prefeito, ou talvez não seja impressão. E vice-versa. Existe uma aliança subjetiva.
Enquanto isso, funcionários e municípes estão largados.
Sabemos que no final do mandato todos os pedidos serão atendidos para continuar no poder, esse é o script.
Todos os eleitos preocupados apenas com seus interesses particulares.
A maioria desses vereadores antigos que não saem nunca, assistiram essas injustiças, durante todos esses anos e não fizeram nada a respeito deveriam ter vergonha de fazer discursos hipócritas agora, estes também tem uma grande parcela de culpa no que esta acontecendo agora.
ResponderExcluirOs verdadeiros culpados além dos vereadores omissos por esta mazela é o Fernando Fernandes Filho e o Evilásio Cavalcante de Farias, pois ficaram 20 anos sem dar dissidio aos pobres dos funcionários concursados no período compreendido de 1997 a 2020, Fernando deu dissídio em 1997 e em 2004 no período de 08 anos ( 1997 a 2004 ) , Evilásio deu dissidio em apenas em 2010 no período de 08 anos ( 2005 a 2012 ) e Fernando deu apenas em 2019 no período de 08 anos ( 2013 a 2020 ), ou seja, Fernando em 16 anos deu 3 dissídios e o Evilásio em 08 anos deu apenas 1 dissidio, enriqueceram a custa da exploração dos pobres funcionários concursados.
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