Porteiros da prefeitura estão há mais de 60 dias sem receber as extras trabalhadas |
David da Silva
A Prefeitura de Taboão da Serra tem 70 porteiros. Por terem salário-base de R$ 872,00, remuneração abaixo do salário-mínimo nacional, eles contam com adicionais nos seus vencimentos, pois a legislação proíbe que servidores públicos recebam menos que R$ 1.212,00 por mês. Essa regra, no entanto, foi quebrada em fevereiro último, quando a prefeitura não incluiu as horas extras no holerite do pessoal das portarias.
Em maio de 2021 a prefeitura
tinha 84 porteiros distribuídos pelas escolas, UBSs, e demais órgãos públicos
municipais espalhados pela cidade. Dos 70 atuais (66 homens e quatro mulheres),
59 são registrados na Secretaria da Segurança, nove na pasta da Educação, um na
Manutenção, e outro no Gabinete. Tem gente antiga nesse serviço. Os cinco
porteiros mais velhos têm 26 anos na prefeitura, seis têm 23 anos de casa, e 12
estão no cargo há 22 anos.
“A gente já viu muito prefeito
diferente passar aqui nessa potaria”, diz um veterano. Entra prefeito, sai
prefeito, a conta bancária dessa turma dá desgosto. Para completar seus ganhos
no fim do mês, eles fazem horas extras. Mas, em fevereiro elas não entraram no
pagamento.
O Verbo Online apurou que no
início do mês passado um grupo de porteiros abriu uma reclamação formal na Administração
de Pessoal cobrando as extras devidas. “O prazo [para a resposta] era de dez
dias, e o valor [das horas extras de fevereiro] só seria pago no próximo
salário [abril], mas não caiu na minha [conta] nem dos colegas que tenho contato”, disse a fonte ouvida pelo repórter
Adilson Oliveira.
Devido à falta de comunicação
do Executivo com os funcionários aos quais deve dinheiro há mais de 60 dias, os
porteiros estão em dúvida. O salário de abril veio com as extras incluídas. Mas, eles não sabem se vão receber as horas trabalhadas a mais em fevereiro, ou se o pedido foi
indeferido.
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