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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Aprígio bagunça pagamento de professores

Subsecretário de Governo (gravata vermelha) acusa empresa terceirizada por erros na folha de pagamento. Empresa nega a culpa 
Foto: Márcio Cansian | Jornal Atual - 31.mai.2022

David da Silva

Aguardada com ansiedade por trazer o reajuste atrasado há cinco meses, a folha de pagamento dos profissionais da rede municipal da Educação de Taboão da Serra veio com erros grotescos neste mês de maio. “Professores receberam menos que 10,16% de reposição da inflação. Outros não receberam o [reajuste] retroativo [ao mês de janeiro]. Salário não foi reajustado em cima do valor mencionado... tudo errado”, resume uma professora adjunta com 19 anos de prefeitura. A gestão Aprígio jogou a culpa na empresa terceirizada que processa a folha do funcionalismo. A empresa nega responsabilidade no ocorrido, pois “não tem acesso ou controle sobre os lançamentos dos dados da prefeitura”. Funcionásios da Secretaria da Educação foram à Câmara Municipal reclamar.

Cálculos errados e tabela confusa

A Secretaria Municipal de Educação de Taboão da Serra tem 2.710 funcionários. Segundo uma pessoa da Secretaria de Gestão de Pessoas “não houve tempo de fazer os apontamentos, pois receberam a folha de pagamento somente agora [31 de maio]. Tem erros [nos holerites] para bastante gente”.

Uma professora de educação básica 1 (aulas da 1ª à 5ª série) com 11 anos de casa informa que “ao todo recebi  23,41%. Mas pelo que entendi o percentual não foi o mesmo para todos. Gostaria que esclarecessem esses percentuais”.

Com 13 anos na prefeitura, uma professora adjunta reclama que a prefeitura não lhe pagou os 33,24% de reajuste do piso salarial que já está acumulado desde janeiro. “Recebi apenas os 10% [10,16%] do dissídio. Inclusive já olhei o holerite e não está lá também”.

Da mesma escola onde trabalha a professora adjunta do parágrafo anterior, uma assistente de desenvolvimento escolar se queixa que “entre os outros absurdos em nossos holerites, adicional noturno só conta a partir das 22h. É revoltante demais”.

Na Prefeitura de Taboão desde fevereiro de 2003, uma professora adjunta relata que “não pagaram para os professores adjuntos. Um absurdo. Tem colegas que receberam de reajuste 8% e não os 10,16%”.

Perante cerca de 50 servidores do ensino que foram à Câmara protestar na última 3ª-feira (31), o secretário adjunto de Governo Claudemir Alves alegou que “houve um erro da empresa Conam que processa a folha de pagamento”, relata Márcio Cansian, do Jornal Atual. Segundo o subsecretário seria feita uma folha de pagamento complementar.

CONAM RESPONDE

Por meio do assessor de imprensa Marco Berringer, a empresa se manifestou sobre a culpa a ela atribuída:

“A respeito do problema apontado, a Conam – Consultoria em Administração Municipal explica que é responsável somente pela cessão de uso do software, mas não tem acesso ou controle sobre os lançamentos dos dados da prefeitura. Não pode ser responsabilizada por esse problema.”

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