Meus amigos, o advogado Antonio Rodrigues do Nascimento e o compositor Carlos Silva, estarão hoje à noite juntos em um sarau*. Nem sei se o cantador, que tem a cultura do agreste como seu ofício, e o advogado, amante ardoroso das coisas dos brasis, vão se lembrar que hoje, por este imenso sertão, vão-se acender algumas velas pela alma de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião – Rei do Cangaço (na foto à direita com Maria Bonita). Lampião morreu numa emboscada, na Grota do Angico, Sergipe, em 28 de julho de 1938.
Se meus amigos não derem uma “bicada” neste gelado sábado, na 2ª-feira, dia das almas, instigados por esta postagem no nosso blog, eles poderão beber uma em nome da honra de Virgulino.
Fique então firmada a lembrança deste importante fato da vida brasileira, que os jornalões não dão notícia, ou, quando muito, editam o assunto como curiosidade folclórica.
Este blog tem conhecimento de centenas de livros sobre a saga cangaceira de Virgulino. Mas, por corporativismo, e em homenagem a Maria Bonita, sugiro a leitura dos livros da jornalista Luciana Savaget, uma especialista em cangaço. Leiam O Amor de Virgulino, o Lampião, e também O Amor de Maria, a Bonita. A mesma autora publicou Dadá, a Mulher de Corisco. Todos os livros são editados pela DCL (Difusão Cultural do Livro).
O Raso da Catarina, no sertão baiano, onde Lampião viveu em relativa segurança, já perto dos últimos anos de sua vida atormentada. Afugentado dali, as tropas do governo não tiveram muito trabalho em acossá-lo e assassiná-lo.
Um comentário:
Valeu David! Lampião, Padre Cícero, Patativa do Assaré, Lua Gonzaga, Vital Farias, Elomar (e por aí vai) deram seus ares da graça no show do nosso mano Carlos Silva. Foi demais! Mas, seria esse tal de "Antonio Ferreira do Nascimento" parente da "mulher de Corsico". Desce mais um bauru e uma água com gás! Forte abraço! Antonio
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