É como se vivêssemos na paradisíaca Liechenstein, ou no principado de Mônaco.
Os dois periódicos não dedicaram uma mísera linha de reportagem, para informar a população do troca-troca partidário entre vereadores, e suas possíveis perdas das cadeiras no legislativo municipal.
Nos últimos dias, três vereadores de Taboão assinaram fichas em partidos diferentes daqueles que os elegeram.
E o STF decidiu que quem trocou de partido depois de 27 de março de 2007, perde o mandato. O jornal O Cidadão traz um editorial longo, mas apenas em tom genérico e laudatório ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão em favor da fidelidade partidária.
Assim, se dependesse dos semanários municipais, quem mora em Taboão não ficaria sabendo que:
* O vereador Natal anunciou desligamento do DEM (ex-PFL, pelo qual se elegeu) para juntar-se a uma legenda subalterna a Evilásio Farias. Mas, malandramente, não comunicou à Justiça Eleitoral a desfiliação do DEM. Na 6ª-feira pela manhã, o vereador Natal perambulava pelos corredores da Câmara, e sangrava pelos olhos, procurando desesperadamente o vereador dr. Maurício, presidente do DEM, para jurar eterna fidelidade. Talvez Natal tenha até dito que odeia o prefeito Evilásio. Doutor Maurício pode até perdoar o virtual desertor. Mas, a pedra no sapato de Natal é o suplente do partido, que tem o direito à vaga. Caso não tenha também aderido ao troca-troca, o suplente Plínio - 1.001 votos na eleição de 2004 - deverá entrar na Justiça para exigir sua cadeira na Câmara de Vereadores.
*O vereador Paulo Felix (foto à direita) assinou ficha de filiação no PTB,
A trajetória política de Paulo Felix é feito barco que se desloca pela popa. Iniciou sua vida pública no PT, transitou pelo PV, aninhou-se no PSDB, e agora tem ficha assinada no PTB. Se Plínio Salgado estivesse vivo, não sei não...
*O vereador Aprígio (foto à esquerda) é o caso mais grave. Abandonou o PTB, pelo qual se elegeu, para tornar-se presidente do PRB. A suplente Fausta – 1.275 votos na eleição de 2004 – poderia exigir a vaga. Mas, abandonou o partido para tornar-se empregada de Evilásio Farias. O segundo suplente Ari Pinheiro – 1.147 votos na última eleição – seria agora um vereador, caso também não tivesse abandonado o PTB. Pelas contas feitas em cima do balcão do nosso buteco, o ex-vereador Oscar Ferreira – 1.095 votos – tem o direito à vaga.
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