terça-feira, 16 de setembro de 2008

O que o cafezinho tem a ver com sacanagem?

A introdução do café no Brasil tem duas versões envolvendo as mesmas duas pessoas: uma explicação é casta; a outra, mundana. Claro que escolheremos a versão mais sacana. Livremo-nos logo da explicação bem comportada. Dizem que em 1727 o sargento-mór Francisco de Melo Palheta foi à Guiana Francesa, para reconhecimento militar da fronteira. Feita sua inspeção, sargento Palheta foi agradecer a boa acolhida do governador guianense. “Merci” pra cá, “Merci” pra lá, e Madame d’Orvilliers, esposa do governador, ofereceu ao militar uma bebida de cor preta, quente. Era café, que até então não era plantado no Brasil. Palheta apreciou muito a bebida, e foi com o casal conhecer a plantação. Madame deu a Palheta algumas sementes de café. Destas sementes se originaria um dos maiores cultivos de café do mundo. Agora, mandemos as crianças brincarem na calçada em frente ao nosso boteco imaginário. O assunto vai-se apimentar. Francisco de Melo Palheta foi mandado para a Guiana em 1727, por ordem do governador do Maranhão. O ascendente de Sarney queria que o sargento convencesse o governador d’Orvilliers a lhe fornecer sementes de café. A lei da Guiana proibia que sementes de café saíssem de seu território. O governador obedeceu a lei. Palheta, então, malandramente, começou a rodear a primeira-dama. Não demorou, madame rendeu-se ao chaveco do gajo, e ele (crianças, não leiam isto!!!) introduziu-lhe a palheta. O milico devia ser bom de cavar trincheiras entre os lençóis, pois Madame d’Orvilliers gamou, e mantinha o sargento com a espada sempre em riste. Na hora de Palheta voltar ao Brasil, foi agraciado pelos bons serviços de alcova. A primeira-dama mandou-lhe um ramalhete de flores. Disfarçadas entre os ramos, as cobiçadas sementes de café, que teriam originado a maior lavoura cafeeira do planeta.
(Esta postagem foi sorvida do blog antigas ternuras)

2 comentários:

Marco disse...

Obrigado pela citação, caro David.
Tem gente que vai lá no Antigas Ternuras, chupa e nem me cita.
Gostei da postagem e do espírito do seu blogteco.
Saúde!
Carpe Diem. Aproveite o dia e a vida.

David da Silva disse...

Marco, eu que agradeço sua tão ilustre visita.