Já estava armada a sessão extraordinária da Câmara Municipal que elevaria o número de vereadores de Taboão da Serra para 15 – hoje são 13. O festim estava combinado para a manhã da 6ª-feira, 19 de dezembro.
Os nossos par(a)lamentares locais estavam viajando firmes na maionese do Senado, que quer enfiar goela abaixo dos brasileiros mais 7.343 vereadores além dos que já existem hoje pelo país afora.
Como a questão azedou lá em Bras-Ilha, a farrinha legislativa taboanense abortou. E os dois suplentes ávidos pela boquinha, que tratem de cuidar de suas vidas.
O que os senadores tentam fazer é um crime de lesa Pátria: aumentar o número de vagas nas câmaras municipais sem o corte de verba preconizado pela Câmara Federal.
Não vou publicar agora o quanto de dinheiro bom dos brasileiros é gasto com vereadores. Estragaria o espírito etílico-natalino da nossa espelunca esta semana. Mas não resisto em dizer que dos 181 países membros da ONU, o Brasil é o único – tá entendendo? - o único que paga salários para vereadores.
Em
Pra passar a régua nesta taça de amargura: dizem que o repasse de verbas de uma Prefeitura para uma Câmara Municipal é de 5% - os deputados querem reduzir para 2%. Esta conta é cascata. Além do suado dinheirinho do contribuinte que é sugado pelos vereadores diretamente, as Prefeituras gastam muito mais com eles. Cada vereador que arria as calças para o prefeito, ganha cargos para seus cabos-eleitorais na Administração. E quanto maior a promiscuidade entre prefeitos e vereadores, mais empregos pros apaniguados...
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