No anoitecer da última 6ª-feira, me deslocando de um a outro boteco no Pirajuçara, passei rente ao ginásio de esportes em construção na Estrada Kizaemon Takeuti. A obra está tão atrasada, tão irresponsavelmente fora do prazo que os arbustos já tiveram tempo de crescer até a metade da placa de quase 6m de altura. Estava escuro pra uma boa foto. Lembrei-me do famoso verso do poeta Thiago de Mello: “Faz escuro, mas eu canto.” Emendei: “Tá escuro, tô chapado, mas vou fotografar essa porra assim mesmo!”.
Meu colega de copo e de cruz Marco Pezão registrou, em setembro de 2008, que esta é a segunda placa indicando a mesma obra no mesmo local: “Os caras puseram a primeira placa em 2006 com o nome de Ginásio de Esportes do Parque São Joaquim. Dois anos depois colocaram esta outra placa, mudando o nome para Ginásio Poliesportivo do Jardim Pirajussara”. A placa indica o prazo de 360 dias para a entrega do serviço. Mas sacanamente não aponta a data de início da construção. Além de estuprar a toponímia: ali não é Jardim Pirajussara – mas isto fica pra outra hora.
Voltemos à obra.
Às 9h36 da manhã de um belo sábado, dia 14 de maio de 2005, Evilásio Farias enganou o repórter Edu Toledo: “Em alguns meses vamos começar a construir o primeiro Ginásio de Esporte do Pirajuçara, onde funcionava a antiga [Administração] regional [do Pirajuçara].” Que ‘alguns meses’ que nada... Só depois de exatamente um ano, às 15h do dia 8 de maio de 2006, foi finalizada a concorrência pública para a construção do tal ginásio esportivo. O preço da obra, digno de acertador da Mega-Sena: R$ R$ 1.862.195,24. Só que os boleiros do Pirajuçara ainda não receberam o prêmio.
Sabe por que botei a Caixa Econômica neste rolo? O secretário de Obras da Prefeitura de Taboão da Serra, Ricardo Rezende, empurrou para a Caixa a culpa pela demora da obra!!! “A greve da Caixa Econômica atrasou a conclusão do serviço”, disse Ricardo, referindo-se à paralisação ocorrida em outubro passado.
Vê só: a obra está atrasada dois anos;a greve da Caixa durou 17 dias. A obra começou em maio de 2006; a greve foi em
Evilásio Farias e Ricardo Rezende esgotaram o tempo regulamentar, e estouraram os acréscimos com esta obra. Dizem que vão inaugurá-la em março deste ano. Que não enrolem mais a torcida pondo a culpa
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