Pátio de supermercado em Puotila, bairro da zona oeste de Helsinki
Ví muita gente pra cima e pra baixo com seus cães na capital da Finlândia, onde fiquei de 2 a 11 de julho último. Cachorros lá têm direito a ônibus, bonde, metrô... E não precisam ser guias de cegos! Até nos navios há área reservada para eles.
Enquanto fazia um giro de reconhecimento com meu colega de viagem José Eduardo Nicoletti, ví que supermercados finlandeses chegam ao requinte de destinar estacionamento para cães - koira, em finlandes.
O povo lá é introspectivo. O inverno severo lhes encolhe a alma. Mesmo no verão, 19 a 20 graus pra eles já é calor de rachar. A temperatura média no início do ano em Helsinki é de cinco graus abaixo de zero. Em algumas semanas pode baixar a -20º C. Nessa época o sol só aparece pelas 10h da manhã, e às tres da tarde já se manda... Noite longa é sinônimo de carência por companhia. Daí: “vem, au-au!”
Garrafa amiga
A bebida é outro refúgio contra o clima enfezado. Finlandes bebe feito peixe. Isto elevou o país a capital mundial do suicídio em 1991. A manguaça foi culpada por 31% dos suicídios e 55% de outras mortes violentas entre 1987 a 1996.
Felizmente este índice macabro está caindo. O governo de lá não é corrupto. É considerado o segundo mais honesto do mundo (só perde pra Islândia) segundo a organização Transparência Internacional. Tem moral pra baixar medidas severas de contenção ao abuso etílico.
Assim, cães e garrafas ajudam o finlandes a segurar a onda. Duplamente certo. Cachorro, dizem, é o melhor amigo do homem. E a bebida, ensinou Vinícius de Moraes, “é o cachorro engarrafado”.
Um comentário:
Great David! Queremos mais! Beijos Jussanam
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