Por Aloísio Nogueira Alves
Bramia o vento, fria era a noite, e eu
Abraçava a solidão qual fosse um manto
Revivendo velhos hábitos de quem viveu
E assim, nos tragos simbólicos do bar, pranto
Longe da realidade vivida, sigo
Agora as diretrizes impostas pelo coração.
Na ausência da boemia antes, agora o castigo
Como uma união de anos vividos, a separação.
Hoje encontrei este recanto imaginário
Esquivo-me ante os copos, garrafas e confusão
São grandes as lembranças de não cumprir horário
Transformações entre passado e presente
Alteraram demais meu comportamento
Bem longe e isolado em um apartamento
Ora quando saio procuro este ambiente
Ainda que imaginário, fico muito contente
Onde escuto o vento, e enxugo o pranto
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