(à maneira de Augusto dos Anjos)
E enquanto a noite estúpida descia,
Pela janela morta do meu quarto,
Meu coração em súplicas se abria,
Farto de amor e, desta vida, farto.
Um desespero atroz, como um lagarto,
Em ondas de soluços me subia
Pela garganta rouca... Num enfarto,
Meu coração, aos poucos, sucumbia.
Mas resisti à sensação espúria!...
E tomado de horror, de ódio e fúria,
Estraçalhei minha alma prisioneira.
E entre tantos farrapos de luxúria,
Bem lá no fundo da desgraça e incúria,
Vislumbrei uma nova companheira.
E enquanto a noite estúpida descia,
Pela janela morta do meu quarto,
Meu coração em súplicas se abria,
Farto de amor e, desta vida, farto.
Um desespero atroz, como um lagarto,
Em ondas de soluços me subia
Pela garganta rouca... Num enfarto,
Meu coração, aos poucos, sucumbia.
Mas resisti à sensação espúria!...
E tomado de horror, de ódio e fúria,
Estraçalhei minha alma prisioneira.
E entre tantos farrapos de luxúria,
Bem lá no fundo da desgraça e incúria,
Vislumbrei uma nova companheira.

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