A crise econômica internacional empurrou uma brasileira que trabalhava no Japão de volta para sua casa aqui em Taboão da Serra.
Tatiana Tiami Pereira viveu durante sete anos em Saitama, no subúrbio norte de Tóquio.
Cidade de Saitama, região metropolitana de Tóquio |
Trabalhando como operadora de telemarketing da MyPhone (empresa especializada em ligações telefônicas do Japão para o Brasil), Tatiana e sua mãe enviavam todos os meses cerca de US$ 500 para o Brasil. O dinheiro bancava as contas da casa da família, onde vivem sua irmã e a avó, em nosso município.
Tudo ia bem até abril do ano passado. A crise apertou, e a remessa de dólares foi interrompida.
A MyPhone reduziu o número de funcionários de 120 para 30 pessoas, além de outros cortes de gastos. Por um aluguel mais barato, mudou o escritório para longe do centro da cidade.
A gota d’água foi quando reduziram a carga horária de Tatiana. "Não fui demitida, mas diminuíram a carga horária. Se antes trabalhava até oito horas por dia, passei a fazer, no máximo, cinco. Por isso, o meu salário chegou a cair para a metade do que ganhava anos antes, no auge das horas extras", lamentou a taboanense para o repórter Fernando Nakagawa, do jornal Estadão.
O susto que levou com a explosão da usina nuclear de Fukushima, a 300 km de sua casa, também contribuiu para Tatiana arrumar as malas e voltar para Taboão da Serra.
Hoje ela dá aulas de inglês, e sonha montar uma empresa com o marido norte-americano que conheceu no Japão, com quem se casou recentemente.
Um comentário:
Não é fácil retornar depois de 7 anos fora,mas depois da crise muitos brasileiros em várias partes do mundo não tiveram outra escolha. :( Só me resta desejar boa sorte para ela e o esposo no Brasil (Em Taboão).
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