quinta-feira, 3 de maio de 2012

Operação Cleptocracia faz aniversário de 1 ano, hoje

Há exatos 365 dias, camburões da Seccional de Polícia de Taboão da Serra partiam da Câmara Municipal levando 3 vereadores diretamente do plenário para a prisão.
Um mês depois, outro vereador foi preso em sua residência enquanto dormia. Acompanharam-no ao cárcere dois secretários municipais e um ex-secretário da prefeitura local.
Foram realizadas ao todo 26 prisões entre vereadores, membros do primeiro escalão da administração do prefeito Evilásio Farias (PSB), funcionários públicos e ex-servidores.
As audiências de julgamento estão suspensas, para que a defesa do ex-secretário Luiz Antonio de Lima (Administração) tenha acesso a documentos que não estavam nos autos do processo.
Consultado pelo blog, o advogado criminalista João dos Santos Melo informa que o Tribunal de Justiça de São Paulo aguarda a declaração de voto do 2º Juiz, desembargador Miguel Marques e Silva, a respeito da concessão de Habeas Corpus para o ex-secretário Lima. Os autos foram encaminhados para o desembargador no último dia 27 de abril de 2012, para que ele manifeste seu voto.
“É que a decisão não foi unânime”, explica João Melo. “O relator não queria dar o pedido do Habeas Corpus por inteiro. Aí cabe a declaração de voto. Enquanto isso, o acórdão não é registrado, não é publicado e nada se modifica, a não ser a retomada do processo (quando ocorrer), a partir do recebimento da denúncia.”
Relembre todo o desenrolar do escândalo, as prisões, as solturas, a morte do ex-policial Ivan Jerônimo da Silva, e o desdobramento do processo judicial - aqui.
A motivação do suicídio de Ivan Jerônimo ainda não foi divulgada oficialmente pela Polícia.
A opinião pública demonstra estranheza pelo fato de a morte do Investigador-Chefe não ter sido veiculada na “grande imprensa” até o momento, ao contrário do que foi feito quando os políticos e servidores públicos foram presos.
O jornalista José Luiz Datena, cujo programa sensacionalista na TV cobriu ao vivo as prisões, limitou-se a um comentário lacônico sobre o suicídio, expressando tom de dúvida.
O cronista policial e ex-deputado Afanásio Jazadji foi ainda mais enigmático ao postar no Twitter: “Aí tem!!!”, escreveu ele em 10 de março, dois dias após a morte do policial.

7 comentários:

Anônimo disse...

Provavelmente com a reforma da língua portuguesa a palavra Suicídio tenha outro significado.

...

Anônimo disse...

O policial Ivan foi suicidado para abafar as investigações das inúmeras quadrilhas que atuam em Taboão da Serra e para não prejudicar a entrada de outras na prefeitura. O mesmo tinha grande chances de ser eleito no municipio e varrer os marginais de nossa cidade. Podem inventar mil e uma histórias a respeiro de Ivan que NADA irá mudar minha opinião sobre aquele policial que tanto ajudou nossa cidade. A Polícia Civil da cidade ainda está devendo os resultados da perícia no local do tal ¨suicidio¨. Ou será que não existe nada para ser esclarecido?

Anônimo disse...

Realmente , a cobertura pela "Grande Imprensa" foi no mínimo estranha... Divulgaram muito pouco um acontecimento bombástico como esse.
Taboão é diferente, não é mesmo????

Anônimo disse...

É o governo do lampião, quem não dançar o forrozinho morre....

Anônimo disse...

Dinheiro fala mais alto, abafa, esconde, manda e desmanda, E os bandidos da política sempre estarão aí.

Anônimo disse...

Nobre jornalista e blogueiro senhor DAVID, sei que o senhor haverá de dizer que o “c” não tem nada a ver com as calças, mas não seria bom falar do titulo de cidadão que vai ser dado para outro “nobre” cidadão dessa nossa cidade ? Os caras da política devem ser cegos, surdos e mudos. Não viram nada, não ouviram nada e não falam nada. São todos amigos, tão amigos que até “oferecem titulo de cidadão da cidade” para quem não tem todo esse crédito. Se quiserem conhecer vida do agraciado, tirem uma capivara na justiça e vão ver a resposta.

Anônimo disse...

E a republiqueta do doutor Cabaceiras está livre, leve e solta. O abalo que tiveram foi muito pequeno e não irá acontecer punição alguma. Os punidos duplamente somos nós, pobres e sofridos pagadores de impostos, que bancamos este espetáculo de incompetência e corrupção.