Auditório lotado na Embaixada Brasileira em Berlim, para palestra de Sérgio Vaz - Foto: Tainã Mansani |
O poeta em uma esquina de Berlim - Foto: Facebook |
E também foi deste jeito que
a jornalista Tainã Mansani iniciou sua reportagem para a revista Forum dando conta da calorosa receptividade de Vaz na Alemanha. O poeta e ativista
cultural está realizando palestras, debates e saraus nas cidades de Berlim,
Hamburg e Köhl (Colônia) até o próximo 31 de maio.
Ontem, sexta-feira dia 25,
o líder da Cooperifa esteve na Universidade de Hamburg, na sala do Instituto
Camões para falar do “Milagre da Poesia”. Nada mais apropriado que este título.
No meio da apresentação, um jovem alemão, de nome Till, levantou-se e disse: “Eu
já fui no Sarau da Cooperifa em 2008 e fiquei transformado pela poesia”. O
coração de Sérgio Vaz inflou feito o zepelin inventado lá mesmo na terra germânica
onde ele hoje entorna os seus versos e lições de vida.
Assim como o dramaturgo Plínio
Marcos contava as histórias das quebradas do mundaréu, “onde o vento encosta o
lixo e as pragas põem seus ovos”, Sérgio Vaz desencava a sua poesia “das ruas que
os anjos não costumam frequentar”, disse ele no auditório da Embaixada
Brasileira.
Quando Sérgio Vaz chegou em Hamburg, a Cooperifa já havia chegado lá. Foto: Facebook |
Visibilidade da palavra periférica
Responsável pela ida de Sérgio
Vaz à Alemanha, a pesquisadora alemã Ingrid Hapke, doutorada em literatura
marginal do Brasil, critica a postura discriminatória de muitos perante a
literatura desenvolvida hoje em dia na periferia da Grande São Paulo. “A
complexidade das múltiplas linguagens artísticas e a inserção desse movimento
num campo cultural mais amplo não são considerados”, afirmou Ingrid à repórter
Tainã Mansani.
Quem também firmou sua
tese acadêmica sobre o fenômeno poético da Cooperifa foi o alemão Mário Schenk. Igualmente
entrevistado pela correspondente da revista Fórum, ele aponta a visibilidade pública como a grande
conquista dos coletivos literários dos subúrbios paulistanos.
A viagem de Sérgio Vaz
conta com o apoio da Eurotur (de Ali Sati, secretário da Cultura de Taboão da
Serra), do Ministério da Cultura, do Itaú Cultural, editora Global, do coletivo Urban Atitude e da
Fundação Heinrich Böll.
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