sábado, 23 de setembro de 2023

Pulgas invadem EMEF em Taboão; problemas desta escola são antigos, diz TCE

Foto: Fábio Coimbra - 15.set.2023
David da Silva

Alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Machado de Assis, no Jd Guaciara, Taboão da Serra, passaram esta semana inteira sob o ataque de centenas de milhares de pulgas, que se alastraram por todas as dependências. Apesar de a praga das pulgas ter sido ocasional, esta unidade de ensino tem problemas recorrentes, segundo um relatório do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) publicado em julho deste ano.

A invasão das pulgas foi detectada no início da semana: “Começamos a perceber na 3ª-feira (12) pela manhã, na fila para registrar o ponto”, conta uma funcionária. Acionada, a Zoonoses foi à escola no dia seguinte. “Constataram a infestação, e fizeram uma dedetização na manhã da 4ª-feira (13) por volta das 11h, com os alunos e funcionários dentro da escola”, denuncia a servidora, segundo a qual a vice-diretora, que acompanhou a equipe de dedetização, “ficou muito mal, e não conseguiu trabalhar na 5ª-feira, com dores de cabeça e congestionamento nasal. Tivemos que inalar todo aquele veneno”.

O curioso é que, na primeira investida contra as pulgas, a Zoonoses dedetizou apenas parte da escola. “Detalhe: só dedetizaram a sala que guarda materiais, a secretaria, o banheiro de funcionários e uma parte do pátio... As pulgas invadiram outras dependências da escola, inclusive a casa do caseiro”, critica.

Além de submetidos a inalar o pesticida, os servidores públicos não foram dispensados: “Nós, os funcionários, ficamos na escola até 19h, sem registro de ponto, porque não podíamos acessar o local do relógio”.

Ninho de parasitas

O foco das pulgas foi localizado em uma sala que funciona como verdadeiro “bota-fora”, para onde são levados materiais diversos vindos de outras escolas como enfeites antigos, livros velhos, uniformes sem uso, etc.

Foi a primeira sala a ser dedetizada. Esse ‘depósito’ de materiais tem acesso pelo portão lateral da escola. Fica atrás da sala da secretaria e da sala dos gestores. É uma sala escura e úmida, que deveria ser usada pela coordenação pedagógica. Mas, ninguém consegue ficar nela. Por esse motivo, ela recebe os produtos que chegam de outras localidades.

Sem dedetização

Em inspeção recente, uma equipe do Tribunal de Contas constatou que “a última dedetização [na EMEF Machado de Assis] não foi feita há menos de seis meses”, consta na folha de número 6 do Relatório de Fiscalização publicado em 4.julho.2023.

Além da falta de prevenção contra insetos, os fiscais do TCE-SP constataram que ainda persistem problemas apontados cerca de dois anos atrás. Muros baixos e alambrados tortos e vandalizados, vulneráveis a invasões “da mesma forma que foi identificado na inspeção realizada em novembro/2021”, diz o relatório.

O Tribunal destaca ainda problemas no telhado e rampas com declive acentuado, igualmente denunciados em novembro/2021, além de infiltração na parede de uma sala de aula.

Os fiscais também anotaram falta de papel toalha nos banheiros, falta de torneiras, torneiras quebradas, vidros e ventiladores quebrados em salas de aula.

A unidade escolar não estava com vistoria do Corpo de Bombeiros, e não dispunha de extintores de incêndio quando fiscalizada pelo TCE-SP.

Merendas em risco

O ponto mais sensível do Relatório de Fiscalização na EMEF Machado de Assis é sobre a alimentação servida às crianças. Não há separação de amostras para o controle de qualidade da merenda; portas e janelas das áreas de armazenamento da comida não possuíam telas de proteção. No espaço de estoque, os alimentos não estavam armazenados em palets, prateleiras ou estrados afastados do forro, da parede e do piso. Foram verificados alimentos encostados na parede. Também não foi apresentado termômetro para controlar alimentos congelados.

3 comentários:

Anônimo disse...

Se o próprio prefeito nunca foi a escola, como poderia priorizar a educação? #fora Aprígio

Anônimo disse...

Tem as pulgas nas escolas e os "carrapatos" dos livres nomeados que ainda não foram exonerados e se continuarem lá vão ter que devolver o dinheiro recebido indevidamente desde a liminar que não foi cumprida.

Anônimo disse...

A cidade já possui uma infestação de ratos que atacam os cofres públicos, que não conseguem nem realizar controle de pragas nas escolas? Cadê o dinheiro da prefeitura? Estão alugando carros de mentirinha?