quinta-feira, 23 de maio de 2024

Gestão Aprígio prejudica buscas por assassino de motoboy

Morte do motoboy gerou protesto na rodovia 
Fotos: Reprodução Facebook e @dronevhs

 David da Silva

A retirada da concessionária Arteris Régis do trecho taboanense da BR-116 é a principal dificuldade em localizar quem atropelou e matou um motoboy no km 274,5 da pista sentido Sul no último dia 12 de maio. O percurso entre o km 268,9 e o km 275,45 era patrulhado pela Polícia Rodoviária Federal, e a concessionária monitorava a estrada com câmeras. A falta desse equipamento permitiu que o motorista fugisse sem ter a placa do veículo identificada. Dez dias depois da ocorrência, o caso ainda não está solucionado.

A Prefeitura de Taboão assumiu o controle da BR-116 às 22h de 22.fev.2024 – o termo de municipalização foi assinado três dias antes. Não houve aumento do efetivo da GCM e da Secretaria de Trânsito para atender à nova demanda de motoristas e pedestres nos 13 quilômetros municipalizados - são duas pistas com 6,5 km cada. O município está desde 20.jan.2024 sem videomonitoramento das ruas, porque a gestão Aprígio não renovou o contrato, e a nova licitação está suspensa por ordem da Justiça e do Tribunal de Contas.

Jogados na pista

Por uma ironia cruel, Roney Rodrigues Andrade Oliveira, de 35 anos, ficou sem combustível e empurrava sua moto pelo acostamento, quando foi colhido por um IX35 branco em frente a um posto de gasolina. Eram 5h45, e ele entregava cestas de café da manhã do Dia das Mães.

A irmã dele relatou a tragédia nas redes sociais:

Priscila conta que, devido à falta de câmeras de monitoramento por parte da prefeitura, a família fez contato com o comércio: “Só tem um posto de combustível que a câmera dá pra pegar [o número da placa], mas eles não liberaram. Só com ordem judicial”, lamenta.

O retrovisor direito e um pedaço do para-choque do IX35 ficaram jogados na pista, e foram recolhidos para perícia.

O motorista cometeu "homicídio culposo na direção de veículo automotor, atropelamento e fuga de local de acidente".

Colegas de profissão do motoboy fizeram um protesto no dia seguinte ao sepultamento. “Queremos o número da placa”, foi o grande clamor na manifestação.

A família recorre a grupos do whatsapp para tentar suprir a falha da autoridade municipal:

Moradores de Taboão da Serra são unânimes em apontar a gestão pública como responsável pela não identificação do veículo:

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