Das duas uma. Pensava ir ao bar pra não estuporar de saudade, ou mergulhar de novo e mais profundamente no romance A Obra em Negro, da belga Marguerite Yourcenar.
Nenhuma coisa nem outra. Este resto de sábado é pra chorar a partida da cantora Cesária Évora, deusa de Cabo Verde. Partiu hoje aos 70 anos.
Ex-fumante inveterada, o cigarro arrebentou-lhe o coração.
O sucesso chegou quando Cesária já passava dos 50 anos, cantando em botecos na cidade de Mindelo, na ilha de San Vicente, uma das integrantes do arquipélago de Cabo Verde.
Era da “alta aristocracia das cantoras de bar”, homenageou o célebre jornal francês Le Monde, em 1991.
Não pude vê-la nas vezes que veio ao Brasil. Em 2008, cantou na Virada Cultural em plena Avenida São João.
A lendária artista só se apresentava de pés descalços. Para homenagear as pessoas que vivem em extrema pobreza, e que foram sua primeira platéia. As letras de suas canções geralmente faziam referências e reverências aos deserdados da Terra.
Ouça Cesária Évora com a nossa Marisa Monte, na Rádio e TV Portuguesa em 2001, cantando Mar Azul, composição de Francisco Xavier da Cruz (apelido: B. Leza). Canção no típico estilo musical caboverdiano, ritmo chamado “morna”.
Um comentário:
Nada de lágrimas. Encha seu coração de alegria e amor. The.
Postar um comentário