Violência do atentado queimou comércio ao lado do coletivo incendiado - Foto: Alex Falcão / Futura Press |
Cerca de 10 marginais, todos
jovens, adentraram no ônibus quando este transitava às 13h40 pela Rua Paulo Augusto de Andrade, em frente à Unidade Básica de
Saúde do Jd Margaridas/São Judas. O carro havia acabado de sair de seu ponto inicial sem passageiros. Os meliantes ordenaram que motorista e
cobrador desocupassem seus assentos, e atearam fogo com o uso de gasolina, álcool
e bomba caseira. Momentos antes, bandidos obrigaram comerciantes a baixar suas portas.
O ataque foi tão violento
que as chamas alcançaram uma loja de móveis, causando danos. Assustado, o proprietário se recusou a conversar com a imprensa. A rede elétrica também ficou chamuscada, e afetou o fornecimento de energia na área.
Esfiha e chuva de balas
Passavam 20 minutos da
meia noite de hoje quando seis jovens
comiam esfihas na calçada do imóvel nº. 224 da Rua 14 de Novembro, Jd Comunitário,
no limite entre Taboão da Serra e Embu.
O local da chacina no Jd Comunitário - Foto: Google Street |
Um homem parou e ficou
encarando o grupo. Segundos depois, outros três pistoleiros surgiram e
começaram a atirar. As vítimas tentaram escapar por uma viela e escondendo-se em
uma van abandonada. Socorridos por parentes e vizinhos, três baleados morreram
e outros restaram feridos no Pronto-Socorro Municipal, popularmente chamado “PS
da Antena”.
Suspeito preso e liberado
A viatura da PM circulava
pela Rua Donária Moraes de Freitas, Pq Pinheiros, às 19h40 do sábado passado,
dia 17, quando recebeu uma denúncia anônima. O elemento conhecido por “Dedé”
estaria aterrorizando o bairro. Os oficiais prenderam Dedé em um boteco daquela
mesma rua, e o conduziram ao DHPP (Departamento de Homicídios). O homem era
muito parecido com um dos quatro assassinos do policial militar Hélio Miguel
Gomes de Barros, executado a tiros enquanto abastecia seu carro em um posto de
gasolina em Taboão da Serra na noite do último dia 8 de outubro.
Os agentes do DHPP
interrogaram o suspeito durante toda a noite e madrugada do sábado para o
domingo, mas o liberaram na manhã de ontem por falta de provas.
O fuzilamento do soldado Hélio
foi o detonador da fase atual da guerra urbana entre a Polícia Militar paulista
e a facção PCC. Em 2012 foram assassinados 94 policiais militares.
De ontem para hoje, houve
11 mortos por tiros e 13 baleados na Capital e Grande São Paulo. Desde 1º de outubro em todo o Estado 312 pessoas morreram em
confronto com a Polícia ou em execuções.
Em Taboão da Serra neste
ano houve 39 homicídios, contra 24, do ano anterior.
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