Artistas da Cooperifa doaram 10 mil livros - Fotos: Viviane de Paula
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Mas quem transitou pelo
Largo do Piraporinha se encharcou de conhecimento na tempestade literária
provocada pelos bons ventos que sopram de dentro da Cooperativa Cultural da
Periferia (Cooperifa). O fenômeno editorial teve a cobertura do blog bar & lanches taboão e da Agência
Brasil.
Enquanto as nuvens
precipitavam quase a metade da chuva programada para o mês inteiro, no curto
período das 11h às 13h foram distribuidos 10 mil livros grátis.
Homem protege livro debaixo da camiseta
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Transbordando de cidadania
os poetas entregaram os livros doados pela Global Editora, Revista Trip, Editora
da Unesp, Secretaria Municipal de Cultura e Imprensa Oficial.
Como em tudo o que se faz
na periferia tem bar envolvido, a entrega de livros pela Cooperifa teve o
auxílio luxuoso de dois botecos. O Bar do Zé Batidão, quartel-general da trupe
de artistas, colaborou com mesas e barracas. A festa literária aconteceu em
frente ao Bar do Litrão Morena, que forneceu energia elétrica para o
equipamento de som usado no encontro da população com a literatura..
A animação foi feita pelo
músico Thaíde, ex-apresentador do programa Manos e Minas (TV Cultura), e hoje
na TV Band.
“Quem lê enxerga mais”, frase de Sérgio Vaz
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Ao povo em
forma de arte
A “Chuva de Livros da
Cooperifa” se dá desde 2008.
“Esse papo de que as
pessoas não gostam de ler é mito. Não leem porque não têm acesso ao livro”,
disse Sérgio Vaz à jornalista Marli Moreira, da Agência Brasil.
Em meio ao aguaceiro, os
pedestres protegiam como podiam as obras recebidas, inclinando carinhosamente
seus guardas-chuvas sobre os exemplares. Outros agasalhavam os livros debaixo
da roupa.
Sem saber que falava com o dono deste blog, um senhor aconselhou o repórter: "Quando você estiver com algum problema, procura ler pra aliviar a cabeça", disse o homem enquanto escolhia onde pisar entre as poças da calçada.
A campanha “Natal com
Livros” é a resposta da Cooperifa à chuva de balas que tem ensopado de sangue a
Grande Sampa e outras quebradas do País.
De minha parte, suspendo
aqui o meu relato, pois é por trás de uma cortina de lágrimas que contemplo o
rosto comovido deste homem das ruas ao receber o seu presente de Natal.
Um comentário:
Precisamos de mais ações como esta em todas as partes deste nosso lindo país.
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