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Walter Jr. |
Não cito o nome do
par(a)lamentar porque o político estava apenas se referindo a um sério e
preocupante estudo desenvolvido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM),
divulgado em 18 de fevereiro último.
A pesquisa revela que até
outubro de 2012 havia 388.015 médicos (as) em atividade no País. Este número
deve chegar aos 400 mil em 2013, segundo estimativa do professor Mário
Schaffer, da USP, que coordenou o levantamento Demografia Médica no Brasil – Cenários e Indicadores de Distribuição.
Estetoscópio da riqueza
A investigação do CFM
aponta que os profissionais da Medicina se concentram, têm preferência, gostam
mais de trabalhar nos Estados ricos da Federação. Lá na poderosa Bras-ilha,
capital da nação, existem 4,09 médicos por mil habitantes. No não menos paradisíaco
Rio de Janeiro há 3,62 médicos por grupo de mil pessoas. O Estado de São Paulo
registra 2,64 médicos por mil habitantes, seguido do Rio Grande do Sul (2,37),
Espírito Santo (2,17) e Minas Gerais (2,04).
Entretanto, nos rincões
pobres os números despencam vergonhosamente para apenas 1,23 médico para mil
pessoas no Nordeste, e mísero 1,01 médico para mil brasileiros na região Norte.
Tal apego aos centros da
riqueza nacional, e flagrante desprezo pelos recantos órfãos ou carentes da
Medicina, denuncia que alguns profissionais da arte de curar estão trocando o Juramento de Hipócrates por um juramento
de hipócritas.
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