Dinheiro do aluguel do “Atende” pago pela Prefeitura de Taboão da Serra vai para uma conta no Uruguai
David da Silva
Nove imóveis alugados pela Prefeitura de Taboão da Serra no Jardim Maria Rosa e no Jardim Bom Tempo representam um gasto anual com aluguéis de R$ 1,959 milhão.
Nessa
região da cidade o prefeito José Aprígio da Silva é alvo de uma Ação Civil
Pública por não ter reservado 36 mil m² de um loteamento para construção de
escola, posto de saúde, etc.
A
falta de terrenos próprios para instalar serviços públicos empurra a prefeitura
para o balcão das imobiliárias. O imóvel que dá maior gasto com aluguel é o da
Avenida José Maciel, nº 708, no Jd Maria Rosa, onde funcionam uma escola municipal
infantil, um centro de convivência de idosos e o gabinete do secretário de
Esportes. Todo ano a administração municipal dispende R$ 662 mil com essa
locação.
A
Educação também consome muita verba com aluguéis no Jardim Bom Tempo. Além da
sede administrativa, a pasta aluga mais dois espaços no mesmo bairro, o que
leva R$ 563.871,87 para o bolso dos donos dos imóveis. O contrato do prédio principal
da Secretaria da Educação vai vencer em 18 de maio e o aluguel será aumentado.
As
secretarias do Desenvolvimento Econômico, no Jd Maria Rosa, e de Transporte, no
Jd Bom Tempo, gastam por ano com aluguéis R$ 204 mil e R$ 177.389,52,
respectivamente.
Uma
casa alugada para a clínica de doenças sexualmente transmissíveis e hepatites
virais na Rua Pedro Borba, no Jd Maria Rosa, custa R$ 91 mil de aluguel.
Além desses setores que fazem atendimento direto ao público, a prefeitura também paga R$ 32 mil de aluguel pelo apartamento 262 da Rua José Maciel Neto, nº 315, bloco D, no Jd Maria Rosa, que serve de alojamento para atletas dos times da Secretaria de Esportes. O contrato desse apartamento já foi renovado por quatro vezes, a última delas em 15 de fevereiro deste ano.
Fora do país
Um
destino curioso de aluguel pago pela Prefeitura de Taboão da Serra é o do
imóvel onde funciona o “Atende”, central de serviços para o cidadão no Jd
Bom Tempo. Os R$ 228 mil da locação vão para a holding
patrimonial Stockport S/A estabelecida em Montevideo, Uruguai. A empresa
é envolvida no escândalo “Panamá Papers”, de evasão de divisas. Contas offshore são usadas para escapar de impostos, ou ocultar o real dono do dinheiro depositado. O
21º andar do mesmo prédio para onde vai o aluguel do “Atende”, era endereço
fantasma da offshore
Hayley S/A que lavava dinheiro das propinas descobertas pela
Operação Lava Jato.
A maioria dos imóveis utilizados pela prefeitura de Taboão da Serra são alugados de políticos e seus parentes ou estão em nome de laranjas. Até o prédio pavoroso da secretaria de saúde é alugado. O ministério público deveria ser acionado, pois, isso é uma máfia saqueando a cidade.
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