terça-feira, 11 de maio de 2021

Aprígio intima funcionários da Educação a voltarem às escolas, sem 2ª dose e mesmo doentes


David da Silva

A Secretaria da Educação de Taboão da Serra está intimando funcionários que trabalham dentro das escolas municipais a voltarem ao trabalho presencial já a partir de amanhã, 4ª-feira, 12 de maio. Uma circular assinada ontem pela secretária Dirce Takano (Educação) informa que “está REVOGADO (grifo dela) o sistema de revezamento e trabalho remoto dos servidores públicos municipais”.

A determinação da prefeitura é que retornem imediatamente ao “chão de escola” – como se diz no jargão dos servidores do Ensino – todos os funcionários do quadro gestor, administrativo, auxiliares de classe, assistentes de desenvolvimento infantil, assistentes de desenvolvimento escolar, ajudantes gerais e bolsistas. “Todos deverão cumprir sua jornada ordinária de trabalho presencialmente e sem revezamento”, determina.

Sem vacina

A vacina contra a Covid-19 nos servidores públicos que trabalham internamente nas escolas municipais não concluiu a imunização desses profissionais. Depois de adiar por uma semana a segunda dose para funcionários da Educação, a Prefeitura de Taboão da Serra só retomou ontem, um mês após a dose inicial, a aplicação em quem foi vacinado em 12 de abril. Funcionários do Ensino vacinados em 13 e 14 de abril estão tendo suas segundas doses hoje e amanhã, respectivamente.

A imunização só completa seu ciclo cerca de 15 dias depois que a segunda dose foi aplicada.

A vacina, no entanto, só foi aplicada em funcionários da Educação acima de 47 anos de idade, estando todo o resto do pessoal das escolas ainda sem imunidade contra a doença.

Com relação aos professores, a Secretaria da Educação diz que considerando que não houve ainda o retorno presencial das aulas e atividades diretas com os alunos, “deverão seguir as orientações [da pasta]”. Verbalmente fala-se em 1º de junho, mas não há ordem por escrito até o fechamento desta reportagem.

Comorbidades

Sobre os funcionários que possuem comorbidades (doenças pré-existentes que aumentam o risco do paciente ao contrair a Covid) a secretária Takano afirma que a circular distribuida pela Secretaria de Gestão de Pessoas (o popular Recursos Humanos) “não faz nenhuma distinção a respeito desses casos”, devendo esses servidores do grupo de risco “retornarem aos seus postos de trabalho tal qual os demais [funcionários sem comorbidades]”.

Um comentário:

Unknown disse...

Falta de respeito a Vida. Aos profissionais em geral e aos professores que sem nenhum suporte , usando seu computador e pagando internet, continuam bravamente e dignamente cumprindo sua missão.