Campo do Guaciara: 1.215 dias interditado |
David da Silva
Sem atividades desde o início de 2021, o campo de futebol do bairro Guaciara voltou a ser reformado nesta 5ª-feira (4). A reforma contratada pelo ex-prefeito Fernando Fernandes no final do seu mandato, foi suspensa por Aprígio no quarto mês do seu governo. Com Fernandes, a obra foi orçada em R$ 848.134,29; com o prefeito atual, subiu para R$ 1.583.722,17.
Aprígio paralisou a reforma alegando “morosidade na execução dos serviços”. Em 02.ago.2021 ele cancelou definitivamente o contrato. Desde esta data, são 885 dias sem a bola rolar no Guaciara, e 127 finais de semanas sem disputas dos campeonatos municipais naquele campo.
Como o prazo
da obra é de seis meses, o campo do Guaciara terá ficado 1.215 dias
interditado.
No período inativo, o centro esportivo foi devastado por furtos dos chuveiros, vasos sanitários, torneiras, lavatórios, toda a fiação elétrica, e até as portas dos banheiros e dos vestiários. O alambrado também foi vandalizado.
Palhaçada
Se os
portões ficaram fechados para os esportistas nos últimos três anos, o mesmo
não aconteceu com um circo, que teve o espaço liberado por Aprígio, com direito a cobrar
ingressos por cerca de três meses, com espetáculos seis dias por semana, e até
três sessões aos sábados, domingos e feriados.
“É a história de toda uma quebrada sendo diminuída com essa atitude. Quantos jogos memoráveis tivemos nesse campo. E agora vendo essas coisas acontecerem, é triste demais”, protestou o morador Matheus Fagundes ao postar no seu Facebook, em 18.abr.2023, um vídeo com as carretas do circo estacionadas onde ele jogou bola desde a infância.
Circo no campo de futebol abandonado Foto: David da Silva - 18.abr.2023 |
☆
A empresa RJ
Empreendimentos Esportivos Ltda apresentou a proposta de R$ 1.332.324,62, valor
R$ 184 mil a menos que a segunda colocada na concorrência pública. O valor
sugerido pela prefeitura foi de R$ 1.583.722,17.
Além do novo
gramado sintético, serão consumidos cerca de R$ 600 mil para reparar o que os
ladrões levaram embora ou estragaram na parte elétrica (R$ 188.648,13), na
hidráulica (R$ 35.076,38), novo alambrado (R$ 180.872,36), e na restauração da
pintura (R$ 168.200,83).
Comparado
com o valor da reforma autorizada pela gestão anterior, o custo com Aprígio
ficou 86,73% mais caro.
Campo do Guaciara em 2014
Foto: Prefeitura de Taboão da Serra |
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