terça-feira, 23 de julho de 2024

Homofobia no Carrefour Taboão: clientes querem providência


David da Silva 

Pela segunda vez nos últimos 45 dias, a unidade do Carrefour no Shopping Taboão, em Taboão da Serra, foi palco de agressão a pessoas devido à sua orientação sexual. Nas duas ocasiões, as vítimas receberam ameaças veladas de morte, e não foram acolhidas pela gerência.

O arquiteto R.B.G. narra: "eu  estava dentro do Carrefour do Shopping Taboão e fui agredido por um desconhecido que me seguiu do mercado para dentro do banheiro. Me tranquei no reservado, o sujeito me chamou de aberração, disse que eu era sujo, nojento, disse que estava morrendo de vontade de matar um viado".
"Chamei o gerente imediatamente, e ele disse que não podia fazer nada. Pedi pela segurança do mercado, e não fui atendido. Exijo retratação e providências dos responsáveis da rede [de hipermercados]", diz em postagem no Instagram no último 21 de julho.
No caso anterior, Daniel (sobrenome não revelado) conta que no dia 02.jun.2024, "era por volta das 11h30 da manhã, eu estava indo para a Parada Gay com meu marido, amiga e pai dela e um casal de amigos, quando decidimos parar no Carrefour. Minha amiga quis comprar alguma coisa pra comer. O que despertou a nossa atenção foi o segurança do local começar a filmar em formato de selfie, fazendo sinal de arminha para a câmera", referindo-se ao gesto manual simulando arma de fogo, conforme queixa enviada ao site Reclame Aqui em 04.jun.2024:
Punição
Em 2009, a rede Carrefour foi multada em
R$ 14.880,00 por ato homofóbico cometido dentro de uma filial na zona leste da Capital paulista, contrariando a Lei Estadual nº 10.948/2001, que pune discriminação em razão de orientação sexual e/ou identidade de gênero
Resposta do Carrefour
Andréa Dell Kobori, do Centro de Excelência Mídias Sociais, afirma que "o Carrefour não compactua com nenhum tipo de preconceito ou discriminação. Foram realizadas conversas e diálogos com o objetivo de melhorar o cotidiano e experiência para todos os nossos clientes, excluindo situações parecidas".
Após a sentença de 2009, a rede Carrefour distribuiu cartilha de orientação aos funcionários como proceder perante o público LGBT.
O cliente R.B.G.
 abriu Boletim de Ocorrência, e a Polícia Civil deve requisitar arquivo de imagens do sistema interno de vigilância para instaurar inquérito.

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