Foto: David da Silva - 26.ago.2012 |
No auge dos 50 anos de idade completados no último 28 de janeiro, o jogador e dirigente esportivo Nando, camisa 10 de Vumo-Marabá, faleceu nesta 3ª-feira (20) vítima de infarto. Além da esposa Ellen e o filho Enzo, de 15 anos, deixa uma legião de admiradores. Na adolescência, teve breve início no futebol profissional pelo Nacional, de São Paulo.
Empresário
do ramo de autoescola, Nando articulou a vinda de ex-jogadores profissionais
para reforçar o elenco do Vumo no Campeonato Veteranos 35 Anos de Taboão da
Serra. Foi tricampeão invicto em 2011, 2012 e 2013.
O
início da sua trajetória foi na quadra da escola do bairro Pq Marabá, onde
cresceu e do qual nunca se afastou. Ainda menino, brilhava nos campeonatos
Intersabs (disputa de futebol de salão entre sociedades amigos de bairros na
década de 1980).
Em
1996, era um dos nomes fortes do forte esquadrão do Vumo na Copa Cleusa Bueno.
Ele
gostava de provocar a reportagem: “David, amanhã vou dar um rolinho em fulano”.
E dava. “Hoje vou fazer gol de peixinho”. E fazia.
Com
a entrada de Nando na vice-presidência, a torcida do Vumo passou a pronunciar
os nomes de grandes jogadores como Pavão (ex-São Paulo FC), Gilmar Fubá
(ex-Corinthians), Damião (ex-Palmeiras), Inca (ex-Colo Colo e Cerro Porteño),
Alexandre Rosa (ex-Palmeiras), Michel (ex-Santos e São Paulo FC), Capitão (ex-Portuguesa),
Eduardo Marques (ex-Santos FC).
O
campo do Marabá Novo ganhava ares de estádio de futebol, com tantos
ex-profissionais vestindo a camisa azul-e-branco.
A fórmula deu frutos. Em 04.set.2011, o Vumo foi campeão sobre o Unidos do Morro. Em 26.ago.2012, o bicampeonato veio nos pênaltis contra o Fortaleza do Jd Leme. Naquele dia, Nando não pôde jogar; saiu do campo aos 3 minutos com fortes dores na coxa. O título de tricampeão invicto (2 a 0 contra o Harmonia) em 01.set.2013, fechou uma campanha de 9 jogos, 9 vitórias, 21 gols pró e 4 contra, consagrando o nome de Nando como novo líder da várzea taboanense. “O cara é bom dentro e fora das quatro linhas”, ouvia-se.
A retomada
O
Vumo vivia uma fase crítica, quase ameaçado de extinção, quando numa inesperada
noite de 4ª-feira, em 25.nov.2009, depois de uma leve chuva, no boteco da beira
do campo a resenha rolou devagar. Mas ganhou fôlego depois de alguns goles, e
os corações se abriram. Luizão pediu apoio.
A
princípio, Nando não acreditou que os bons tempos do time pudessem voltar:
“Não
existe hoje você montar um time pensando no Marabá, e sim para si próprio. Cada
um querendo mostrar mais que o outro”, disse. Na época, havia praticamente um
time para cada rua do bairro.
Luizão
almejava algo maior: “Ainda tenho esperança que no Marabá vai surgir um time
veterano bom. Tem que abrir mais para a participação de novos dirigentes, pessoas
iguais ao Nando. Eu tive o Vumo como um filho. E isso fez um mal pra mim”, falou
com lágrimas nos olhos, e isso derreteu a resistência do amigo.
Nando
e Luizão uniram forças, e o resultado foi o que você leu na primeira parte
dessa reportagem.
Velório: 14h30 às
16h30
Memorial Parque
Paulista
Nando e Luizão - Foto: David da Silva |
GOL Foto: David da Silva - 04.ago.2013 Foto: Márcio Assunção - 19.maio.2013 Nando e Paiol - Foto Arquivo: David da SilvaEm algum lugar do passado |
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