sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Conheça o histórico do atirador preso na 6ª-feira (25) em Taboão da Serra

Grupo Especial foi acionado
David da Silva

Preso há oito dias por atirar contra uma empresa no bairro Jd Oliveiras, em Taboão da Serra, Leandro Gomes Penido fez 41 anos nesta 4ª-feira (29). Sua prisão na manhã da 6ª-feira passada (25) ocorreu após várias horas com a intermediação do GER (Grupo Especial de Reação) da Polícia Civil.

Identificado como bombeiro civil e também como porteiro de edifícios, Leandro é armeiro. “Um pessoal levava revólveres lá pra ele consertar”, diz uma fonte. A moradora Edneuza Pereira da Silva diz aliviada: “Graças a Deus pegou ele, porque ele vivia dando tiro pra cima aqui na praça do Oliveira, dava até medo de sair pra rua”.

Dos quatro disparos contra a firma de distribuição de produtos para padarias que fica de frente para a sua casa na Rua José Domingues de Moraes, nº 223-A, três atingiram um veículo do tipo Fiorino. O funcionário de uma seguradora fazia vistoria no carro naquele momento. Escapou por pouco de ser atingido, pois um tiro pegou no vidro esquerdo na altura da cabeça do motorista, e outro na altura do espelho retrovisor. O terceiro disparo atingiu o capô do carro, e o quarto, a fachada da empresa.

Peregrinação

Os endereços anteriores de Leandro mostram uma peregrinação por várias casas de aluguel nas imediações do imóvel onde foi preso. Havia morado na Rua Maurício Antunes Ferraz, nº 248, casa 4, no Pq Marabá; na Rua Geraldo de Araújo Santos, 212, Jd Helena; no número 151 da mesma Rua José Domingues de Moraes, entre outros ali por perto.

Segundo conversas da vizinhança, ele passava por dificuldades. Estava com cerca de seis meses de aluguel atrasados e algumas contas de luz vencidas.

Fama efêmera

Poucos minutos após as 9h da manhã o Jd Oliveiras foi alvoroçado com os voos rasantes de helicóptero e dezenas de viaturas na rua. Leandro Gomes Penido se enfurnou no quarto. O GER (Grupo Especial de Reação) foi acionado. Ele age em situações com reféns ou ocorrências de alto risco.

Um policial subiu no telhado e adentrou na casa pela parte de trás. Terminava ali a façanha de um anônimo nascido a 29.out.1984 em Itambacuri, cidadezinha de 20 mil habitantes ao lado de Teófilo Otoni, Minas Gerais.

Sua fama durou apenas o tempo em que demorou a se entregar. O aniversário passado na cadeia nesta 4ª-feira pode se repetir pelos próximos anos, dado a gravidade do ato que cometeu.

“Bons antecedentes”

Em 14.maio.2023, Leandro foi preso acusado de resistência contra dois policiais militares.

Ele dirigia um Renault Logan pela Estrada Benedito Cesário de Oliveira, na Vila Iasi, por volta da 1h da madrugada. A PM o parou, pois trafegava bem devagar e com as luzes do veículo apagadas. Visivelmente embriagado, Leandro recusou o teste do bafômetro. Os policiais tentaram algemá-lo, e ele caiu sobre eles.

A Justiça considerou sua condição de “réu primário e de bons antecedentes”, permitindo-lhe responder em liberdade com a proibição de dirigir veículos por três meses, e obrigação de comparecer ao fórum a cada dois meses.

No dia 07.ago.2025, foi sentenciado a pagar prestação pecuniária no valor de um salário mínimo por causa daquela ocorrência com a Polícia Militar.

Policial entrou pelo telhado


Tiro quase atingiu motorista

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