segunda-feira, 5 de maio de 2008

Interditem esse Gil, aí!!!

Em setembro de 2004, no comitê de imprensa do então candidato dr. Evilásio a prefeito de Taboão da Serra, Joilson Rodrigues Pires e eu montávamos um material de campanha, com fotos do candidato ao lado de vários ministros do presidente (!?) lula. Era pra mostrar que o tal Evilásio “tava podendo”, tinha influências federais, e quás-quás-quás. Na hora que fizemos uma montagem do ministro Gilberto Gil com ele, dr. Evilásio surtou: “Tirem esse Gil daí!!!”. Mirei de esguelha meu mano Joilson, e vi que ele tinha engolido a chumbada. Evilásio falou “esse Gil” com o esgar de quem profere um “esse negro”. Defendemos a foto-montagem com a popularidade de Gil, sua (até então ainda intocada) influência de massa. Evilásio empacou: “Influência tem é o Gushiken! Ponham ele e eu bem aqui”, apontou para o centro do diagrama. Pelo que se viu no caso do mensalão, cujas verbas eram liberadas pelo ex-ministro Luiz Gushiken, Evilásio sabia muito bem de quem, e do que, estava falando.
Voltemos ao Gil. Não é que o cabra quer agora tornar aquele vomitório da seita Santo Daime em patrimônio cultural? Para Gilberto Gil (que muitos acertadamente adjetivam Gilberto Vil) aquela beberagem de cipó e folhas que nos causam reações eméticas, tem a dignidade do samba, do chorinho brasileiro... Este Gil está me saindo cada vez mais uma “pessoa nefasta” – independente da qualidade de sua obra, que considero uma das melhores do Brasil. Aprendi com Trotsky a separar o produto de um artista das suas concepções ou comportamentos pessoais.
Espero que o pessoal do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) mantenha-se lúcido, diante de mais esta alopração do Gil, que já defendeu publicamente o consumo da maconha, e já declarou que vez ou outra gosta de dar a bunda.
Sobre a nojeira que é tomar esta pôrra da ayahuasca, leia a matéria do Cláudio Tognolli para a revista Rolling Stones, edição nº 4, de janeiro de 2007. Quem fez as fotos foi o João Wainer. Mas ainda não vi este material no blog dele.
Lí também (ali por volta de 1989/1990) uma excelente matéria do Fernando Gabeira, sobre este mesmo nojento assunto. Foi publicada na Folha de São Paulo.
O tal Evilásio, que é médico, e manifestou sua ojeriza à figura do ministro-cantor-compositor naquela tarde no seu comitê de imprensa, poderia publicar uma coisinha sobre os efeitos do chá de ayahuasca. E alertar a molecada de Taboão! Se ingerido por pessoas com transtorno bipolar (antiga psicose-maníaco-depressiva), a coisa pode ficar feia! “Os alcalóides inibidores de mono-amono oxidase presentes na bebida [ayahuasca], como a harmina e harmalina, têm efeito análogo a alguns antidepressivos, como a moclobemida (Aurorix). E antidepressivos, sejam inibidores de monoamino oxidase, inibidores seletivivos de recaptação de serotonina ou ainda de outras classes, são associados a maior risco de episódios de mania em casos de transtorno bipolar. Há significativo risco de surtos psicóticos em indivíduos com pré-disposição genética. Pode ainda ocorrer: persecutoriedade, fuga da realidade e alienação, além de dependência psíquica de moderada a grave.”

Um comentário:

Ary Marcos disse...

Tirem esse gil daí, dali, dé cá, de lá e de todos os lugares.Só prá lembrar mais um desmazelo desse ministrosinistro, naquele episódio dos caches baiano-coorporativista para o show de reveillon em copacabana em 1994(ou 95)em que eles decidiram que o Paulinho da Viola receberia 30 mil de cache, enquanto eles a trupe de São Salvador, bahia de São Salvador, recebería 100 mil cada. A Mulher-empresária do Paulinho falsificou um fax alterando os 30 mil para 100 mil pois sentiu menosprezo pelo seu marido. Erro de direito? Erro simplesmente? seja lá o que for, mas o ministrosinistro não tinha o direito de ir na TV Cultura e chamar o Paulinho de CANALHA.Como este mesmo ministrocantor canta, Fora Daqui!