Eu e Waldemar no seu aniversário de 80 anos. Foto: Eduardo Toledo - 1º.fev.2002 |
Enquanto eu dava o noticiário local, Marco Pezão fazia a crônica esportiva e a página poética do programa. Waldemar Gonçalves era não apenas companheiro de estúdio: era um talismã. Quando eu noticiava algum fato ocorrido em determinado bairro, Waldemar ensinava aos ouvintes a história daquele bairro e a origem dos nomes das ruas.
Disse que Waldemar era nosso talismã. Foi ele, na segunda metade dos anos 60, o fundador da primeira e até hoje única emissora de rádio da minha cidade, a extinta Rádio Difusora Litoral Sul. Waldemar era produtor, locutor, repórter político-esportivo-social-policial e o escambáu. E ainda era animador dos programas de auditório.
Esta rádio ficava onde hoje está a Escola Estadual Domingos Mignoni, próximo à Delegacia de Polícia. Quando moleque, fui criado por tios evangélicos, e a emissora democrática de Waldemar tinha microfone para todos. Eu ia lá levar os pedidos de hinos cristãos da minha tia.
A extinção desta rádio foi uma das muitas pedradas que a vida e a mesquinha classe política de Taboão deram no peito forte daquele meu grande querido irmão.
Vocês não imaginam o sorriso de felicidade no rosto do Waldemar quando pedi a ele que me ajudasse a fazer um programa de rádio. Aquele rosto marcado pelos 70 anos de idade iluminou-se feito o de um menino.
Logo mais, quando cair a tarde, vou bater perna lá no Pazzini, bairro onde nasci e Waldemar morou até morrer. Vou ouvir mentalmente Waldemar e o sonoplasta Natalino Tedesco apresentando para mim a edição de hoje de “Tangos e Boleros”...
No Pirajuçara, subúrbio mais populoso de Taboão da Serra tem a Praça Positiva. Foi uma homenagem do ex-prefeito Oswaldo Cesário de Oliveira ao jornal do Waldemar cujo logotipo era um sinal de positivo.
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