quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Citéluz, parte 2 – Bafafá em Brasília

Como já apontamos aqui, a contratação da Citéluz pela Companhia Energética de Brasília (CEB) teve erros grotescos, que levaram ao cancelamento do contrato. O assunto ganhou uma série especial de reportagens do Correio Braziliense, intitulada O Rolo da CEB.

Litoral de Brasília?

Você já ouviu falar de “praia em Brasília”? Pois é. O edital de licitação da CEB (feito por carta-convite, sem concorrência pública) foi literalmente copiado de um edital da Prefeitura de Fortaleza (CE), onde a Citéluz também venceu a concorrência. Além dos mesmos erros de português do documento cearense, o edital previa que a Citéluz deveria “
pintar a orla marítima” de Brasília...
O contrato cancelado, feito em caráter de emergência pelo prazo de 6 meses com a Citéluz, também estava superfaturado, segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal. O Ministério Público Federal, o Tribunal de Contas da União e a Polícia Federal também abriram investigações sobre o caso.

Troca de instruções


O edital da CEB foi publicado em julho de 2001. Ocorre que entre janeiro e abril daquele ano, dois executivos da CEB, Sílvio Queiroz, diretor de Distribuição, e José Gabriel Filho, superintendente de Iluminação Pública, trocaram e-mails com César Teixeira, diretor de Operações da Citéluz. Nas mensagens, o dirigente da Citéluz passava instruções sobre a redação do edital. Em março de 2002, Silvio Queiroz e João Gabriel pediram demissão.

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