
Ao degustar a sua cerveja “estupidamente”, pense na rotina daquele pobre peão de boné azul, que passou a maior parte de sua vida debruçado diante daquele enorme tacho fervente... Imaginem quantas vezes por dia aqueles dois que carregam o barril nos ombros tinham de subir e descer aquelas escadas... O homem arqueado sobre uma pipa nos dá a nítida visão da rudeza cotidiana do tanoeiro. Ao fundo, um quinto operário está prestes a desaparecer por detrás do imenso tonel.

Na estupenda gravura de Rugendas, um instantâneo da vida bruta dos negros escravos que nos legaram a cachaça nossa de cada dia.
Ocorre que, por vezes, o caldo desandava e fermentava, dando origem a um produto que se denominava cagaça e era jogado fora, pois não prestava para adoçar. Alguns escravos tomavam esta beberagem e, com isso, trabalhavam mais entusiasmados.
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