O nome da juíza-eleitoral Carolina Conti Reed é uma eufonia para mim. Me evoca a personagem de um samba do Chico (aquela Carolina que “nos seus olhos fundos” guarda “a dor de todo este mundo”); me lembra também o jornalista Mário Sérgio Conti, autor do colossal Notícias do Planalto – A imprensa e Fernando Collor; e principalmente me remete à obra do incomparável jornalista John Reed.
Ela deu declarações contundentes ao site O Taboanense chamando as coligações políticas de descaradas (“descumpriam descaradamente as normas”). A meretíssima sentou o porrete nos advogados dos candidatos, acusando-os de “banalizarem” as representações à Justiça Eleitoral ao apresentar “inúmeras denúncias sem fundamento”.
O mais grave, porém (e como dizia Plínio Marcos, sempre tem um porém) o que merece a máxima atenção é o trecho da entrevista onde a doutora Carolina Conti Reed lamenta que as urnas à disposição do eleitor taboanense são modelos de dez anos atrás. Leia e preocupe-se:
“Como infelizmente as urnas disponibilizadas para a cidade este ano são do modelo 98, que embora totalmente confiável em relação ao sistema, é o que mais apresenta intercorrências, tudo pode acontecer. Vamos torcer para que todas as urnas funcionem direito (...)”.
Prevenida, a autoridade judicial já se equipou com aquelas urnas de lona do tempo das diligências, e aconselha o eleitorado a treinar a caligrafia porque as tais “urnas-eletrônicas modelo 98” podem dar pau.
Cá pra nós: a luta pelo poder neste ano em Taboão da Serra está encarniçada. Não haverá vantagem numérica eloqüente para o ganhador. Por que, então, mandaram pra cá urnas fabricadas no ano do Jipe Troller?
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