Numa recaída catecúmena, fui dar uma olhadinha na santa que deu nome à parte do Brasil situada entre paranaenses e gaúchos. Foi um bandeirante (eufemismo para bandido a serviço d’El Rey) quem impôs nome de santa para a antiga Ilha dos Patos, só porque tinha uma filha com este nome. E você já sabe: coisa na base da forçada, não vira.
Já a tal da Santa Catarina propriamente dita, dizem que era um pitéuzão. E além de bonitona era ricaça. E corajosa. Esculachou o cara que mandava na sua região. O sujeito curtiu o atrevimento, e chamou a belezura pra sua alcova. A mina encrespou. Para se vingar da dispensa, o tal mandou prender, torturar e matar a pobre menina rica. Amarrada na roda-da-tortura (circunferência de madeira rodeada de pás de ferro). Conta a piedosa mentira cristã que quando Catarina foi atada ao patíbulo, a roda quebrou. Por isto é que Santa Catarina é protetora das vítimas de acidentes.
Se seu nome não tivesse sido empurrado golea abaixo à Ilha dos Patos, talvez Catarina, a santa, desse uma fôrça pra tanta gente não engolir terra.
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