Frequentador assíduo dos botecos e puteiros de Paris, o pintor Henri de Toulouse-Lautrec entrou para a História ao retratar a vida boêmia. E principalmente por levar às telas as suculentas dançarinas francesas com suas deliciosas pernas pro ar.
O artista viveu intensamente. Nasceu em família aristocrática (pai conde, mãe condessa) mas enveredou para a vida mundana, devassa. A sífilis e o alcoolismo o mataram aos 36 anos.
Lautrec era deficiente físico, devido a uma debilidade nos ossos que impediu-lhe o crescimento. Era baixinho e mancava da perna esquerda, atrofiada.
Além do seu talento espetacular como pintor, o pequenino Henri ganhou fama por outro dom, não muito louvável: era um cascateiro de mão cheia. Seus longos papos noite adentro eram recheados por mentiras tão cabeludas, que seus colegas de copo criaram o ditado – a mentira tem perna curta.
É aqui que Taboão da Serra entra nesta nossa história.
Em 10 de dezembro de 2008 a Prefeitura de Taboão da Serra divulgou ter ganho um “prêmio por desenvolver políticas públicas de preservação do meio ambiente.” O prêmio levava o nome de “Chico Mendes”, que deve ter-se revirado na tumba, conforme se verá no parágrafo a seguir.
Exatamente um ano depois do prefeito Evilásio ter recebido tal “honraria” por amor à natureza, caiu a máscara.
No ranking dos que preservam o meio-ambiente, Taboão da Serra ocupa o vergonhoso 541º lugar entre os 645 municípios paulistas...
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