Assim como a Polícia faz com as confissões dos ladrões, comparando-as umas com as outras, merecem acareação os depoimentos feitos à imprensa nos últimos meses pelo secretário de Finanças e pelo secretário de Administração da Prefeitura de Taboão da Serra.
Luiz Antonio de Lima (Administração – denunciado pelo Ministério Público como chefe do recebimento de propinas na administração do prefeito Evilásio Farias) diz que a arrecadação de Taboão da Serra cresceu 89% — de R$ 161 milhões em 2004 para R$ 305 milhões em 2008. A auto-exaltação evilasista foi espalhada pelo Brasil inteiro, desde o interior de São Paulo , até o nordeste, passando pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Luiz Antonio alardeou que só de IPTU a gestão de Evilásio recolheu R$ 13 milhões a mais, em comparação ao prefeito anterior. Esta quantia daria para construir 13 novas unidades de saúde.
Ainda segundo o mesmo Luiz Antonio, Taboão da Serra é exemplo de município que melhorou sua arrecadação ficando “mais apto para enfrentar a situação [da recente crise financeira mundial]”.
Já Maruzan Corado (Finanças) desmente seu colega, alegando que a arrecadação municipal caiu.
Outra objeção do secretário de Finanças contra as cifras do IPTU citadas pelo seu companheiro de secretariado foi que, em certos casos, o imposto predial de alguns moradores poderia até diminuir.
Não é o que se está lendo na vasta maioria dos carnês de IPTU disparados contra os contribuintes taboanenses nas últimas semanas.
Quando integrantes de um mesmo bando expõem-se em tais contradições, sai de cena o legislador e “cai pra dentro” o investigador.
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