“Eis...
o malandro na praça outra vez...
Caminhando na ponta dos pés
como quem pisa nos corações
que rolaram lá nos cabarés...
Entre deusas e bofetões
Entre dados e coronéis
Entre parangolés e patrões
O malandro anda, assim, de viés
Deixa balançar a maré,
e a poeira assentar no chão...
Deixa a praça virar um salão,
que o malandro é o barão da ralé..."
“Agora já não é normal,
o que dá de malandro regular, profissional.
Malandro com aparato de malandro oficial
Malandro com retrato na coluna social
Malandro com contrato, com gravata e capital,
que nunca se dá mal..."
*Trechos da Ópera do Malandro (1979) de Francisco Buarque de Holanda
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