Na apresentação que acabou de fazer no site oficial do seu novo disco, Chico Buarque de Holanda cantou o afrossamba Sinhá, acompanhado pelo violão de João Bosco, seu parceiro nesta composição.
No final do mini-show Chico Buarque falou de um músico que posta no Youtube as composições do seu novo disco. Emerson Leal reproduz as novas músicas de Chico com uma rapidez e qualidade formidáveis.
Eis, pois: Emerson Leal canta Sinhá (Chico Buarque & João Bosco)
Sinhá(Chico Buarque – João Bosco)Se a dona se banhouEu não estava láPor Deus Nosso SenhorEu não olhei SinháEstava lá na roçaSou de olhar ninguémNão tenho mais cobiçaNem enxergo bem
Para que me pôr no troncoPara que me aleijarEu juro a vosmecêQue nunca vi SinháPor que me faz tão malCom olhos tão azuisMe benzo com o sinalDa santa cruz
Eu só cheguei no açudeAtrás da sabiáOlhava o arvoredoEu não olhei SinháSe a dona se despiuEu já andava alémEstava na moendaEstava para Xerém
Por que talhar meu corpoEu não olhei SinháPara que que vosmincêMeus olhos vai furarEu choro em iorubáMas oro por JesusPara que que vassuncêMe tira a luz
E assim vai se encerrarO conto de um cantorCom voz do pelourinhoE ares de senhorCantor atormentadoHerdeiro sararáDo nome e do renomeDe um feroz senhor de engenhoE das mandingas de um escravoQue no engenho enfeitiçou Sinhá
3 comentários:
Graças ao livre arbítrio, algumas pessoas não utilizam sua inteligência dada por Deus para fazerem o bem.
"E assim caminha a humanidade". O inventor na Bomba Atomica foi agraciado por sua inteligência, Hitler também teve sua inteligência reconhecida. E assim tantos outros que cometeram verdadeiras atrocidades contra a humanidade.
Aqui, em terras tupiniquins não foi diferente. Tivemos nomes consagrados na literatura e até na política, como Castro Alves e Rui Barbosa.
Mais presentemente, o Sr. Chico Buarque de Holanda, detentor de reconhecido valor cultural, foi se perdendo ao longo do tempo. O mundo do busines falou mais alto, e tudo que ele pregoava ficou para traz.
Esse inteligente senhor que na ditadura militar lutava contra os exageros da época, esqueceu-se de aprender com a dura lição.
Hoje, totalmente envolvido nos mega negócios do show-busines, mantém laços estreitos com as altas cúpulas do governo, onde inclusive sua irmã trabalha "duramente" para extrair alguns milhões de reais, onde milhares de outros grandes artístas distanciados de tais facilidades pagam altos preços para
conseguirem algum.
E nós, pobres mortais que pagamos nossos impostos, cotinuamos favorecendo esses mascarados de socialistas que na verdade são os maiores capitalistas.
Amigo David,
Foi muito bom! Chico fez e deu show ao lado de João Bosco e seu violão. A dramática letra de Sinhá recebeu a dose certa de tristeza em sua melodia. Parceria afinadíssima!
Foram cinco anos longe dos estúdios e agora reaparece com um álbum de dez canções. É pouco? Pode ser! Afinal quem não queria um álbum inédito todos os anos?
Mas nunca foi assim, mesmo nos períodos de grande sucesso da MPB, quando ele e Djavan eram os únicos artistas que exigiam lançar álbum a cada dois anos, lembra?
Qualidade é isso e é tão simples assim porque é ‘Chico’, mais um álbum para a rica história da Música Popular Brasileira.
Quanto ao ‘anônimo’ que fez sua respeitável crítica, uma sugestão: aos mestres das artes vejamos apenas o ‘Lado A’, para que não sejamos injustos com suas obras. Se estudarmos o ‘lado b’ de Pelé, corremos sérios riscos de achar que Maradona é o rei do futebol. Ao contrário, devemos estudar o ‘lado b’ dos políticos brasileiros, para que não sejamos injustos com a justiça e achemos que seus ‘Lado A’, sejam a parte verdadeira da história.
Neste final de mês, apesar de achar que ele está ‘moderninho’ demais, tenho um investimento a fazer: comprar ‘Chico’ para completar minha coleção de cd´s de (como diz o amigo David) a maior lenda viva da Música Popular Brasileira.
Há, sim! Como disse Chico: “meme é do cassete”.
Abs,
O nosso amigo jornalista Assis Ângelo em seu blog postado dia 19 p.passado, assim se expressou: Entrevistador e entrevistados contribuem com inteligêcia dos quadrúpedes para a perpetuação da mesmice e a destruição da linearidade do pensamento. Em um programa de TV, um tal crírico recém saido dos cueiros, que dava opiniõs com a segurança de um bobo. Chico está velho, ele dizia com um sorris de inteligência. Chico não sabe o que esta dizendo o que lhe pediram para dizer. Assis Ângelo, rebate: Qual o problema de dizer que o Chico Buarque de Holanda é um grande artista brasileiro? Por que sepultá-lo vivo, hein?
Foi isso o que tentaram o apresentador risonho, o crítico bobo e a TV que acolheu a ambos e a si próprio.
O bom Lupicínio dissera nos 50: Ah. esses moços, pobres moços! O saber não nasce bebê em ninguém.
Faço minhas as sua palavras e mais:
Muito triste eu fico
Ao ser informado pelo Assis
Deste sujeito que se diz "Crítico"
Mas, foi na verdade muito infeliz...
O Gênio, não envelhece
O Chico ja é consagrado
E voce que ninguém conhece
É melhor ficar calado.
Aloisio - Taboão da Serra
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