Ary Dau - Foto: Edu Toledo |
Se a intenção de afastar Evilásio não saiu do papel, a tentativa de impeachment contra o ex-prefeito Ary Dau não passou do rascunho. Ary Dau, falecido em 2010 aos 80 anos, governou nossa cidade de 1969 a 1973, durante a ditadura militar.
Por volta da metade de seu mandato, Ary Dau foi alvo de fortes rumores de que estaria construindo “um belo casarão” na Rua Cesário Dau, Jd Maria Rosa, com “dinheiro fruto de propina e corrupção”. A denúncia foi parar na Aeronáutica. Os militares vieram à Prefeitura de Taboão da Serra, onde ficaram sabendo que “o prefeito só vem depois das 18 horas”.
Intrigados, os oficiais constataram que Ary Dau só ficava em seu gabinete de prefeito das 18h às 23h, e nos finais de semana. Durante o expediente normal, os funcionários eram vigiados por um circuito interno de câmeras. “Não vou ser prefeito para sempre, mas serei sempre contador aqui da Pancostura”, disse o político quando procurado pelos fardados na fábrica onde trabalhava. “As questões da Prefeitura eu dou conta quando saio do serviço, e nos sábados e domingos”, arrematou.
No decorrer das investigações, os militares concluiram que a casa alvo da denúncia não era localizada em Taboão da Serra, e sim no Jd Guedala, região do Morumbi. Quem construía o imóvel era o vereador Francisco Vazami, então presidente da Câmara, e que mora no local até hoje.
O inquérito contra Ary Dau foi arquivado.
6 comentários:
AQUI NADA ACONTECE PARA MELHORAR O MUNICÍPIO SE FORMOS DEPENDER DOS POLÍTICOS LOCAIS. O POVO (NÓS) SOMOS OS PRINCIPAIS CULPADOS PELA SITUAÇÃO. AQUI NA CIDADE, O PREFEITO NÃO PRESTA E MESMO ASSIM SEMPRE É REELEITO, OS VEREADORES NÃO PRESTAM E FICAM 26 ANOS NA CÂMARA MUNICIPAL, COMO SE ISSO FOSSE BOM PARA A CIDADE. ACABA VIRANDO PROFISSÃO. AQUI GANHA ELEIÇÃO CANDIDATO QUE DÁ CESTA BÁSICA, BOTIJÃO DE GÁS, UM TERRENINHO AQUI, ARRUMA UMA CONSULTA COM O MÉDICO, UM APARELHO PARA VER A DIABETE, CONSEGUE UM TRANSPORTE PARA LEVAR UM PACIENTE NUMA CONSULTA, FAZ UMA FESTINHA PARA AS CRIANÇAS E TAMBÉM NO NATAL, FINGINDO QUE É BOM SAMARITANO. DEPUTADA ANALICE QUE ODEIA POBRE E NADA FAZ PELA CIDADE A NÃO SER APARECER EM FOTOS SEMPRE GANHA ELEIÇÃO. É UM COMPLETO ABSURDO, MAS, MERECEMOS PAGAR O PREÇO POR ISSO.
Excelente matéria.
Tudo se resume em uma questão:
Esses caras não entram lá sozinhos,alguém vota neles.
Enquanto a mentalidade de muitos de nós cidadãos nao mudar,nada muda.A gente vê muito por aí com orgulho de terem o político tal adicionado no orkut ou facebook e dizendo "olha eu conheço ele",grande coisa.
O Governo é o espelho dos cidadãos,quantas vezes não ouvimos dos conehcidos:"Se eu estivesse lá roubava tbm".
Mentalidade provinciana e ignorancia politica.
Concordo em genero, numero e grau com o primeiro comentario, pois se temos pessimos politicos, temos e sao muitos pessimos eleitores, que trocam o seu sagrado voto, pelos favores menores que sao sempre usados como moeda de troca, nao sabendo eles que o preço de seu voto, vai ser cobrado na escala do tempo em desvios do erario publico, com isso acarretando fila em hospitais, pessimas escolas, estradas subfaturadas, salarios do funcionalismo achatados e por ai afora numa sequencia de desmandos, que e o preço do voto vendido.
E depois nao adianta reclamar, pois os vampiros publicos vivem do voto do nosso sanguee so tem um remedio para acabar com essa raça de sanguessugas, chama-se voto consciente.
Quando se trata do Evilásio o senhor não mede palavras, mas para falar do primeiro impeachment não foi irônico e nem pernicioso. Pra mim deixou claro sua parcialidade quanto ao atual prefeito.
Minha avó falava que político é igual ao coisa ruim. O mesmo aparece na sua frente sempre fingindo de boa pessoa, arruma algumas coisinhas e depois manda a fatura. No nosso caso a fatura está muito salgada. Precisamos melhorar muito nossa política. A nossa chance está em outubro de 2012. Acorda pessoal.
sobre a reportagem" O primeiro impeachment" que nem saiu do papel, temos a infor mar que: a " estória" não foi bem assim. Primeiro que o sr ;Ary Dáu, não foi o único politico a ser chamado a depor na C.G.I (Central Geral de Investigação ) do Ministério da Aeronáutica. Nada a haver com as construções magnificas dele e do vereador citado. Alías, a casa do Jardim Guedala era na verdade, fruto de herança deixada pelo bisavó do Vereador. O que provocou sua ida àquele Órgão foi a denúncia de arbitrariedades na sua Administração. Seu comportamento autoritário e também uma exagerada perseguição gratuita e desnecessária, aos funcionários da Prefeitura daquele tempo. Principalmente àqueles que não foram "cabos" eleitorais. Só ´para lembrar ,todos os ocupantes de cargos públicos, foram intimados a apresentarem -se na C.G.I. Bons tempos! Que deixou saudade.
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