terça-feira, 20 de novembro de 2012

Polícia suspeita de grupo de extermínio em Taboão da Serra

Populares e PM observem ônibus em chamas
Foto: Sérgio Tomisaki/Diário SP

A chacina na madrugada desta 2ª-feira no Jd Comunitário, em Taboão da Serra, pode ter sido efetuada por um grupo de policiais militares à paisana. A tese é da Polícia Civil local que investiga as circunstâncias das mortes de três rapazes. Outros três também foram alvejados a tiros, mas não correm risco de morrer pelos ferimentos.
O porte atlético dos atiradores, a forma de abordagem, o uso de máscaras ninja e botas pretas, levam os investigadores a trabalhar na hipótese do envolvimento de milicianos na matança, registra a repórter Thais Nunes, do Diário de São Paulo.
Segundo testemunhas, nove jovens comiam esfihas em frente à casa de número 224 da Rua 14 de Fevereiro, Jd Comunitário, no limite entre os municípios de Taboão da Serra e Embu das Artes.
Por volta da 0h20 um homem encapuzado armado de pistola revistou todos do grupo, e perguntou se alguém entre eles tinha passagem pela polícia. “Josivaldo da Conceição, o Vado, de 24 anos, disse que já havia respondido por uma embriaguez ao volante. Mal terminou de falar e foi baleado diversas vezes no peito. Quando os disparos começaram, outros quatro atiradores encapuzados surgiram”, relata a jornalista.
Richard Leonardo Lamas de Sousa, 16 anos, também morreu no local. Gabriel Rocha de Oliveira, da mesma idade, tentou correr para sua casa, mas o atirador o perseguiu até certificar-se de sua morte.
Os outros feridos pelas balas têm, respectivamente, 14, 17 e 18 anos.
Uma hora antes de ser fuzilado, Gabriel Rocha de Oliveira, o Bié, havia sido abordado por uma blitz da PM, e teve a moto apreendida por não ter habilitação.
No início da tarde de ontem um ônibus foi queimado como protesto contra as execuções – leia aqui

Um comentário:

Anônimo disse...

Tremenda covardia destes assassinos, matar moleques que estavam comendo esfihas na calçada é demais. Espero que o governador e o secretário de segurança pública puna estes assassinos de verdade.