Por
Fernanda Macedo
Marcus Rosa, baixista fundador da banda.
Foto: Melissa Machado
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Criada
em Taboão da Serra no ano 2008 com Finnu Ras (vocal), Marcus Rosa (baixo),
Marcelo Caverna (bateria), Maurício Cebola (teclados) e Fernando Rangel (guitarra),
a banda Veja Luz é uma síntese da trajetória de músicos que convivem há pelo
menos 13 anos. Vários membros do grupo já tocavam juntos em um projeto musical
anterior.
Fundamentando
o trabalho mais para o reggae, não deixam de “respirar” outras influências
musicais. As composições são geralmente coletivas: “A banda compõe junto. É um
processo natural, cada um traz as referências musicais para fazermos essa
fusão. Nosso reggae procura trazer esses elementos para justamente engrandecer
e enriquecer o trabalho nessa parte, sem ser uma coisa forçada”, afirma o
vocalista Finnu Ras.
Mesmo com sete anos na estrada, o começo, como
a maioria das bandas brasileiras, não foi fácil, pois quase não havia lugares
que aceitassem a apresentação: “Se trata de uma banda independente. É uma banda
da periferia, toca música alternativa, não faz som popularesco, todos os
caminhos são mais dificultosos. Mas, por outro lado, é muito gratificante
porque você conquista fãs que são muito fiéis. É um trabalho de formiguinha”,
descreve o baixista Marcus Rosa.
Marcus
conta que a banda não faz as músicas pensando na quantidade de pessoas que vão
ouvir. Fazem as músicas com qualidade para um público que sabe valorizar: “Você
não precisa de cara cativar 100 mil pessoas, mas se dez pessoas que estão ali
passam a seguir e a consumir o que você faz, já é uma vitória. Sabemos que
todas as pessoas que se aproximam e que acreditam no nosso trabalho, vêem
verdade no que a gente faz”.
Finnu Ras (vocal) e Nando Rangel (guitar)
Foto: Melissa Machado |
Para
Finnu Ras o ápice da carreira foi o lançamento do disco e a turnê pelo país:
“Conseguimos projetar o trabalho a nível do país inteiro, circular pelo Brasil
e nos mostrar em vários festivais, não somente de reggae. A Veja Luz sempre era
bem recebida, e cada vez foi ganhando mais espaço e mais ênfase. Sempre
pautaram nossa banda como a que faz um show que levanta a galera”.
A
Virada Cultural Paulista já é um evento frequente na agenda da banda: “Fazemos
há anos. Somos uma das poucas bandas, senão a única de reggae, que faz sempre. Eu
ainda arrisco dizer que é a única banda que tem um diálogo plural com outras
culturas, tocando em festivais que tem jazz, rock, soul, música regional e até
samba”, destaca o tecladista Marcelo Cebola.
Com
o crescimento da popularidade, a banda Veja Luz vem mostrando a que veio. Em
2013 ganhou o FAM Festival e foi premiada pela música “Queda da Babilônia”.
Foram duas noites de festival; na primeira concorreu com mais de 570
composições inscritas, e na segunda, ficou entre as 12 melhores. Veja Luz não
contagiou somente o júri. Levou o prêmio de primeiro lugar no critério “aclamação
popular”. Isso contribuiu para que a banda tivesse muitas oportunidades, como o
show feito em agosto no Centro Cultural São Paulo: “Tocar no mesmo lugar que
nossos mestres é uma conquista enorme. Presentear o Mestre Lumumba que comemora
70 anos em 2015 com um show, para a gente é uma grande felicidade”, enfatiza o
baterista Marcelo Caverna.
Marcelo Cebola (teclados)
Foto: Melissa Machado |
Vem por aí
A
banda Veja Luz produziu duas músicas para o novo álbum, e está com projeto de
lançar um single com um vídeo clipe da versão reggae de “O que Será”, de Chico
Buarque. A versão foi autorizada e aprovada
pelo próprio compositor. O grupo também pretende fazer um single da música
autoral “Escolhas”.
O
jamaicano Al Griffiths (filho de Albert Griffiths, um dos vocalistas lendários
de um dos grandes grupos da Jamaica, “The Gladiators”) esteve no Brasil em turnê
e conheceu a banda Veja luz: “Tivemos uma sincronia de ideias musicais, e
gravamos com ele um clipe que em breve será lançado”, informa Marcelo. A
previsão do lançamento é para este mês de setembro de 2015.
O
documentário de aniversário da banda também está em andamento: “Esses planos
são pra serem feitos até o final do ano. Ano que vem, o foco maior será o
lançamento do novo disco. Tudo isso faz parte do pré-lançamento, um pré-aquecimento
para saber o que está chegando” conclui o guitarrista Fernando Rangel.
Marcelo Caverna. Foto: Melissa Machado |
Artes integradas
“TABOCAS”
é um projeto escrito por Marcus Rosa e já está aprovado. É um festival de artes
integradas para contemplar Taboão da Serra. Terá duração de sete dias, e as
atividades se expandirão por vários cantos da cidade. Serão feitas oficinas,
palestras, encontros de artistas, e shows. Porém, o projeto privado encontra
uma barreira que é a falta de recursos. Os organizadores estão dialogando com
algumas empresas em busca de patrocínio. O baixista da banda explica que o festival
se chama “TABOCAS” devido à junção do nome da cidade (Taboão) com as moradias
dos índios (ocas).
Próximas
apresentações:
14/09
- Espaço Clariô - Taboão da Serra - SP
26/09
- Espaço General Club - SP
19,
20 e 21/11 - Sul de Minas – MG
Contato para
shows:
Fones:
(11) 4137-0880 / (11) 98751-2161 / (11) 97645-7553
E-mail:
vejaluz@gmail.com
Site
oficial: bandavejaluz.tnb.art.br
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