sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Banda Veja Luz vai lançar documentário neste ano, e prepara novo CD para 2016

Por Fernanda Macedo

Marcus Rosa, baixista fundador da banda.
Foto: Melissa Machado
Criada em Taboão da Serra no ano 2008 com Finnu Ras (vocal), Marcus Rosa (baixo), Marcelo Caverna (bateria), Maurício Cebola (teclados) e Fernando Rangel (guitarra), a banda Veja Luz é uma síntese da trajetória de músicos que convivem há pelo menos 13 anos. Vários membros do grupo já tocavam juntos em um projeto musical anterior.
Fundamentando o trabalho mais para o reggae, não deixam de “respirar” outras influências musicais. As composições são geralmente coletivas: “A banda compõe junto. É um processo natural, cada um traz as referências musicais para fazermos essa fusão. Nosso reggae procura trazer esses elementos para justamente engrandecer e enriquecer o trabalho nessa parte, sem ser uma coisa forçada”, afirma o vocalista Finnu Ras.
Mesmo com sete anos na estrada, o começo, como a maioria das bandas brasileiras, não foi fácil, pois quase não havia lugares que aceitassem a apresentação: “Se trata de uma banda independente. É uma banda da periferia, toca música alternativa, não faz som popularesco, todos os caminhos são mais dificultosos. Mas, por outro lado, é muito gratificante porque você conquista fãs que são muito fiéis. É um trabalho de formiguinha”, descreve o baixista Marcus Rosa.
Marcus conta que a banda não faz as músicas pensando na quantidade de pessoas que vão ouvir. Fazem as músicas com qualidade para um público que sabe valorizar: “Você não precisa de cara cativar 100 mil pessoas, mas se dez pessoas que estão ali passam a seguir e a consumir o que você faz, já é uma vitória. Sabemos que todas as pessoas que se aproximam e que acreditam no nosso trabalho, vêem verdade no que a gente faz”.
Finnu Ras (vocal) e Nando Rangel (guitar)
Foto: Melissa Machado

Para Finnu Ras o ápice da carreira foi o lançamento do disco e a turnê pelo país: “Conseguimos projetar o trabalho a nível do país inteiro, circular pelo Brasil e nos mostrar em vários festivais, não somente de reggae. A Veja Luz sempre era bem recebida, e cada vez foi ganhando mais espaço e mais ênfase. Sempre pautaram nossa banda como a que faz um show que levanta a galera”.
A Virada Cultural Paulista já é um evento frequente na agenda da banda: “Fazemos há anos. Somos uma das poucas bandas, senão a única de reggae, que faz sempre. Eu ainda arrisco dizer que é a única banda que tem um diálogo plural com outras culturas, tocando em festivais que tem jazz, rock, soul, música regional e até samba”, destaca o tecladista Marcelo Cebola.
Com o crescimento da popularidade, a banda Veja Luz vem mostrando a que veio. Em 2013 ganhou o FAM Festival e foi premiada pela música “Queda da Babilônia”. Foram duas noites de festival; na primeira concorreu com mais de 570 composições inscritas, e na segunda, ficou entre as 12 melhores. Veja Luz não contagiou somente o júri. Levou o prêmio de primeiro lugar no critério “aclamação popular”. Isso contribuiu para que a banda tivesse muitas oportunidades, como o show feito em agosto no Centro Cultural São Paulo: “Tocar no mesmo lugar que nossos mestres é uma conquista enorme. Presentear o Mestre Lumumba que comemora 70 anos em 2015 com um show, para a gente é uma grande felicidade”, enfatiza o baterista Marcelo Caverna.
Marcelo Cebola (teclados) 
Foto: Melissa Machado


Vem por aí
A banda Veja Luz produziu duas músicas para o novo álbum, e está com projeto de lançar um single com um vídeo clipe da versão reggae de “O que Será”, de Chico Buarque.  A versão foi autorizada e aprovada pelo próprio compositor. O grupo também pretende fazer um single da música autoral “Escolhas”.
O jamaicano Al Griffiths (filho de Albert Griffiths, um dos vocalistas lendários de um dos grandes grupos da Jamaica, “The Gladiators”) esteve no Brasil em turnê e conheceu a banda Veja luz: “Tivemos uma sincronia de ideias musicais, e gravamos com ele um clipe que em breve será lançado”, informa Marcelo. A previsão do lançamento é para este mês de setembro de 2015.
O documentário de aniversário da banda também está em andamento: “Esses planos são pra serem feitos até o final do ano. Ano que vem, o foco maior será o lançamento do novo disco. Tudo isso faz parte do pré-lançamento, um pré-aquecimento para saber o que está chegando” conclui o guitarrista Fernando Rangel.
Marcelo Caverna. Foto: Melissa Machado

Artes integradas
“TABOCAS” é um projeto escrito por Marcus Rosa e já está aprovado. É um festival de artes integradas para contemplar Taboão da Serra. Terá duração de sete dias, e as atividades se expandirão por vários cantos da cidade. Serão feitas oficinas, palestras, encontros de artistas, e shows. Porém, o projeto privado encontra uma barreira que é a falta de recursos. Os organizadores estão dialogando com algumas empresas em busca de patrocínio. O baixista da banda explica que o festival se chama “TABOCAS” devido à junção do nome da cidade (Taboão) com as moradias dos índios (ocas).

Próximas apresentações:
14/09 - Espaço Clariô - Taboão da Serra - SP
26/09 - Espaço General Club - SP
19, 20 e 21/11 - Sul de Minas – MG

Contato para shows:
Fones: (11) 4137-0880 / (11) 98751-2161 / (11) 97645-7553

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