Gustavo, 5 anos |
A Polícia já ouviu 9 testemunhas e segue colhendo depoimentos na tarde de hoje.
A mãe será indiciada por abandono de incapaz. Segundo a legislação, nenhuma criança pode ser deixada sozinha nem por um minuto, sem o cuidado de pessoa responsável por seus atos.
Veja novas informações e mais fotos acrescentadas ao corpo da matéria.
O garoto Gustavo Souza Storto, de 5 anos de idade, faleceu entre o final da noite de ontem e madrugada desta quinta-feira, 17 de setembro, ao cair do 26º andar onde vivia com a mãe no edifício Pitangueira I, pertencente ao Condomínio Vida Nova, na BR-116, Taboão da Serra.
A criança foi deixada dormindo sozinha em casa pela mãe, quando ela foi buscar o namorado que retornava do trabalho por volta da meia-noite.
Em janeiro do ano passado, outra criança na mesma faixa de idade de Gustavo também morreu, ao cair do 13º andar de outro prédio em Taboão da Serra. Naquela ocasião, a sequência dos fatos foi inversa. Se Gustavo morreu porque a mãe foi buscar o namorado de volta do serviço, o menino Murilo morreu porque a tia foi levar o namorado no emprego.
Menino caiu do último andar do prédio Pitangueiras 1 Foto: Edison Temoteo | Futura Press |
Uma cadeira infantil
A farmacêutica Juliana Souza Storto, 33 anos, disse à Polícia que deixou Gustavo dormindo no apartamento de cobertura onde mora. Ela foi buscar o namorado, o empresário Márcio de Souza Ferreira, 27 anos, na Estação Morumbi da CPTM. O rapaz não é o pai da criança.
Juliana foi casada desde 2009 com Giovanni Storto, pai de Gustavo. Quatro meses atrás, ela expulsou o marido de casa, devido a constantes brigas. O homem morava próximo da ex, segundo ele para ficar perto do local onde o filho vivia.
Juliana foi casada desde 2009 com Giovanni Storto, pai de Gustavo. Quatro meses atrás, ela expulsou o marido de casa, devido a constantes brigas. O homem morava próximo da ex, segundo ele para ficar perto do local onde o filho vivia.
Segundo Juliana, ao voltar para casa e dirigir-se ao quarto do filho, ela notou luzes acesas e duas cadeiras no box do banheiro, sendo uma cadeirinha infantil em cima de outra cadeira maior. Foi somente aí que ela olhou pela janela do banheiro, e viu a criança despedaçada no estacionamento sem cobertura do condomínio.
TRISTE FATALIDADE - A farmacêutica Juliana |
Murmurações da vizinhança
O vizinho Reinaldo Costa Junior mora num apartamento três andares abaixo de Juliana. Ele diz que escutou movimentação estranha no apartamento da mulher. “Terminei de assistir o jogo, saí pra sacada tomar um vento. Daqui a pouco escuto uma gritaria e um silêncio [no apartamento de cobertura]. De repente vejo o corpo caindo e espatifando no chão. Desci correndo com minha irmã, a gente pegou uma manta, cobriu o corpo e fomos chamar os seguranças”, disse o morador à Rádio CBN.
Festival de palpites
Além das suspeitas que Reinaldo faz questão de lançar no ar, outro vizinho, o professor Fábio Garcia Kiss, garante que a criança estava vestida, com o par de tênis calçado, e segurava uma mochilinha, dentro da qual encontraram uma fronha de travesseiro e um boneco.
O pai da vítima, Giovanni Storto,esteve às 8h30 da manhã de hoje no Instituto Médico Legal de Taboão da Serra, para o reconhecimento e liberação do corpo.
Chorando muito, acompanhado da mãe, avó de Gustavo, o pai se limitou a dizer: "Ele é lindo", e não quis gravar entrevistas.
Segundo populares, a criança morta apresentava graves fraturas no rosto e na cabeça.
Apesar do festival de palpites da vizinhança, o delegado plantonista Albano Fernandez, que atendeu à ocorrência, não viu vestígios de morte criminosa.
Pela linha de raciocínio da Polícia, a farmacêutica Juliana será indiciada por abandono de incapaz. Deveria manter o filho sob sua guarda, mesmo quando foi buscar Márcio com o automóvel.
Juliana saiu do prédio às 22h54, e voltou à meia-noite acompanhada de Márcio Souza Ferreira.
Já foram colhidos depoimentos dos três policiais que atenderam a ocorrência, do porteiro do prédio em plantão na hora do fato, de um segurança do condomínio, de dois moradores, além de Juliana e o namorado. Novos testemunhos seguem sendo colhidos nesta tarde de quinta feira.
O grande trabalho da Perícia será averiguar se Gustavo teve mesmo condições para alcançar sozinho a janela do banheiro, a 1,60m de altura do piso.
Giovanni, de camisa azul, chora no IML de Taboão da Serra, onde foi reconhecer o corpo do filho. Giovanni e Juliana se separaram há menos de 4 meses. |
Festival de palpites
Além das suspeitas que Reinaldo faz questão de lançar no ar, outro vizinho, o professor Fábio Garcia Kiss, garante que a criança estava vestida, com o par de tênis calçado, e segurava uma mochilinha, dentro da qual encontraram uma fronha de travesseiro e um boneco.
O pai da vítima, Giovanni Storto,esteve às 8h30 da manhã de hoje no Instituto Médico Legal de Taboão da Serra, para o reconhecimento e liberação do corpo.
Chorando muito, acompanhado da mãe, avó de Gustavo, o pai se limitou a dizer: "Ele é lindo", e não quis gravar entrevistas.
Segundo populares, a criança morta apresentava graves fraturas no rosto e na cabeça.
Apesar do festival de palpites da vizinhança, o delegado plantonista Albano Fernandez, que atendeu à ocorrência, não viu vestígios de morte criminosa.
Pela linha de raciocínio da Polícia, a farmacêutica Juliana será indiciada por abandono de incapaz. Deveria manter o filho sob sua guarda, mesmo quando foi buscar Márcio com o automóvel.
Juliana saiu do prédio às 22h54, e voltou à meia-noite acompanhada de Márcio Souza Ferreira.
Já foram colhidos depoimentos dos três policiais que atenderam a ocorrência, do porteiro do prédio em plantão na hora do fato, de um segurança do condomínio, de dois moradores, além de Juliana e o namorado. Novos testemunhos seguem sendo colhidos nesta tarde de quinta feira.
O grande trabalho da Perícia será averiguar se Gustavo teve mesmo condições para alcançar sozinho a janela do banheiro, a 1,60m de altura do piso.
TRAGÉDIA REVIVIDA - Prédio de onde despencou o menino Murilo, no início de 2014. Foto: Rafael Rezende |
Lembrança
A cidade de Taboão da Serra ainda lembra com pesar o dia 11 de janeiro do ano passado. Naquele sábado o menino Murilo, de 6 anos, ficou dormindo sozinho enquanto sua tia, de 37 anos, foi levar o companheiro no trabalho. Ele foi olhar pela janela do 13º andar do prédio que fica ao lado do Supermercado D’Avó, na Estrada Kizaemon Takeuti. Eram 5h30 da manhã quando o corpo da criança foi encontrado no chão, ao lado do portão de entrada do condomínio. Murilo estava passando o final de semana na casa da tia.
2 comentários:
A maioria dos prédios de Taboão da Serra, praticamente não tem segurança. Muitos executados no tempo do BNH, como alguns da Rua Ernesto Capelari, têm pouca segurança. São enormes edifícios que deveriam ser entregues obrigatoriamente pelos construtores, com grades de proteção em todas as janelas, incluindo áreas de serviço e banheiros. Isso sem falar nos elevadores, que às vezes são verdadeiras armadilhas mortíferas. Quem sabe depois de trágicos acontecidos, todos se conscientizem que a prevenção ainda é o melhor meio para evitar aborrecimentos que desestruturam para as pessoas.
Nos dias de hoje, a maioria das crianças vivem interligadas ,televisão , celular, internet. Enfim, um mundo ilusório e fantástico de desenho animado, com super personagens, que podem criar nas mentes das crianças a ilusão ou impressão, que podem também fazer as mais incríveis proezas por eles executadas. Como o voar pelos ares. Os pais devem presar um pouco mais de atenção.Deixar crianças sozinhas não deixa de ser, um perigo iminente. Em prédios gigantescos que mais parecem imensas gaiolas, o cuidado tem que ser mais que redobrado. Proteção em todas as janelas, são necessárias. Quem sabe se agora, depois de tragédias, os construtores de edifícios, vão ter mais cuidado no que diz respeito a segurança de um modo geral.
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