David da
Silva
Neste sábado (1), o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) divulgou o relatório de alerta relativo a novembro/2024, penúltimo mês de José Aprígio no comando da Prefeitura de Taboão da Serra. Após perder a corrida pela reeleição (ficou em terceiro lugar no 2º turno), o ex-prefeito decretou controle das despesas. O caos nas contas públicas estava instalado.
Levantamento
do blog bar&lanches taboão
publicado em 11.nov.2024 apurou que, em fevereiro do ano passado, os gastos da
prefeitura já comiam 96,44% da arrecadação. Em junho, Aprígio ultrapassou
definitivamente o farol vermelho: gastou 101,52% daquilo que arrecadou.
A
Constituição Federal prevê que quando “a relação entre despesas correntes e receitas
correntes supera 95%”, o gestor público pode aplicar o mecanismo de ajuste,
proibindo determinados gastos.
Em
agosto, o equilíbrio financeiro beirou o precipício: 97,78% da arrecadação
consumidos pelas despesas.
O
decreto de contingenciamento de gastos assinado em 30.out.2024, foi o abraço de
náufragos entre Aprígio e seu genro secretário de Administração. A relação
entre receita e despesa naquele mês havia estourado de novo: 100,63%.
Em novembro passado, o TCE-SP detectou “situação desfavorável [na análise da receita] demonstrando tendência ao descumprimento das Metas Fiscais”. Na avaliação das despesas, o tribunal constatou “situação desfavorável em virtude da ocorrência de déficit, demonstrando tendência ao desequilíbrio financeiro”.
O
governo Aprígio fechou dezembro com arrecadação 79,59% menor que o previsto, e
gastou R$ 210 milhões a mais do que arrecadou. Os únicos anos em que a gestão
anterior gastou menos do que arrecadou foram os dois primeiros.
Além
de gastar mais do que arrecadava, a gestão que deixou o poder há 34 dias também
usou mal verba enviada pelo Governo Federal. Em 08.maio.2024, a prefeitura
local recebeu R$ 130 milhões do Ministério das Cidades para prevenir problemas
causados pelas chuvas. Aprígio decidiu aplicar 82% desse recurso (R$ 105
milhões) na desapropriação de uma chácara para converter o local em parque.
O
ex-prefeito cortou 63,6% do orçamento da prevenção a desastres naturais, caindo
de R$ 14 milhões em 2023 para R$ 5 milhões em 2024.
NA CORDA BAMBA
Fevereiro/2024 |
||
ARRECADAÇÃO |
1.043.995.356,48 |
96,44% |
DESPESAS |
1.006.836.803,99 |
|
Junho/2024 |
||
ARRECADAÇÃO |
1.085.940.703,57 |
101,52% |
DESPESAS |
1.102.425.090,76 |
|
Agosto/2024 |
||
ARRECADAÇÃO |
R$ 1.092.729.057,52 |
97,78% |
DESPESAS |
R$ 1.068.417.868,94 |
|
Outubro/2024 |
||
ARRECADAÇÃO |
1.094.146.186,32 |
100,63% |
DESPESAS |
1.101.053.845,18 |
|
Dezembro/2024 |
||
ARRECADAÇÃO |
1.049.103.211,00 |
120,04% |
DESPESAS |
1.259.375.881,00 |
Fontes: TCE-SP e Portal da Transparência
2 comentários:
O atual prefeito Daniel provavelmente seguirá o mesmo caminho de gastos elevados. Observem que até os cargos de livres nomeados estão retornando com salário turbinado. Nunca se observa nenhum político falando em corte de gastos e respeito com o dinheiro público.
Taboanaenses , esse tem que por na conta dele essa última grande enchente em Taboão, né seu Aprigio BR171, mafioso de prédios e condomínios em Taboão, Deve ter levado tiro de briga interna de sua gangue.
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