![]() |
| Post diz que sentença será derrubada no TJ |
Nesta
5ª-feira (20), a Justiça paulista condenou o ex-prefeito de Embu das Artes
Claudinei Alves dos Santos, o Ney Santos, a 3 anos e 9 meses de reclusão em regime
inicial semiaberto e 13 dias-multa por posse de uma pistola calibre .380 com
numeração raspada, três carregadores, uma mira laser, além de 45 munições (15
balas 9 mm e 30 balas calibre .380). A sentença entrou no site do Tribunal de
Justiça às 8h13. Às 21h28, Ney Santos foi ao Facebook e ao Instagram dizer que “durante esse
feriado opositores voltam com a velha técnica de tentar atrapalhá-lo próximo a
um ano eleitoral”.
O
crime foi cometido quando Santos ainda era prefeito. De acordo com o Boletim de
Ocorrência nº 789/2019 da Delegacia de Polícia de Cosmópolis (SP), em 28.fev.2019
o ex-prefeito foi flagrado na altura do km 143 da rodovia SP-332, voltando para
Embu em um Corolla preto, placas GBH 1255-SP, alugado para a Prefeitura
Municipal de Embu das Artes. Ele estava acompanhado do agente penitenciário Lenon
Roque Alves Domingos. Além do armamento com farta munição, havia no carro um
colete à prova de balas.
Culpa do Waze
Ao
ser abordado pela Polícia Rodoviária, Ney Santos colocou a culpa no GPS. Disse
que tinha se perdido no meio do caminho para São Paulo ao seguir o aplicativo
Waze. Alegou que não sabia da pistola e das 45 munições dentro do veículo.
Ney
Santos disse que foi ao interior de SP em compromisso oficial na Prefeitura
Municipal de Arthur Nogueira. Mas o agente penitenciário que o acompanhava
disse que, ao chegar a Cosmópolis, Ney entrou em uma imobiliária. Ney disse
estar com dor de barriga naquela ocasião; que iria usar o banheiro da imobiliária,
mas ficou com vergonha da moça que o atendeu. Voltou para Embu das Artes sem
fazer cocô.
No
trajeto de volta, a Polícia Rodoviária os parou por excesso de velocidade. Ney
disse aos rodoviários que tinha ido a Cosmópolis “comprar terreno”.
Em vista do arsenal, Lenon ficou preso em flagrante, mas o desembargador Marcos Correa negou a prisão preventiva do então prefeito.
☆
Na
sua sentença de 52 páginas, a juíza Mayara Maria Oliveira Resende, da 2ª Vara
Criminal de Cosmópolis, faz um minucioso levantamento da viagem
Embu-Cosmópolis. Um policial ouvido como testemunha citou o episódio em que o
agente penitenciário acompanhante de Ney Santos é acusado de tentar matar o
repórter Gabriel Binho, do site Embu News.
A
juíza concedeu à dupla Ney e Lenon o direito de recorrer em liberdade.
Na postagem desta noite, usando vídeo de inteligência artificial onde uma idosa diz “tem coisa velha que não funciona mais”, Ney Santos ironiza a Justiça: “processo antigo, que já havia sido anulado, e que certamente terá a decisão reformada pelo tribunal”.
Número do processo
0000874-39.2023.8.26.0176
Leia a sentença judicial na íntegra aqui

Nenhum comentário:
Postar um comentário