Foto: Carolina Lima - 22.jan.2014, às 19h49 |
A imprensa de
Taboão da Serra voltou ontem a cobrir mais uma tempestade que devastou vários
pontos da cidade.
Na foto à direita, o veículo da professora Sandra Lima, tragado pelas águas na Estrada Kizaemon Takeuti, em frente ao Shopping Pirajuçara.
O primeiro
repórter da história do nosso município, Waldemar Gonçalves, falecido em 2007
aos 85 anos, deixou registrado em um de seus livros que o drama das enchentes é
assunto secular em Taboão da Serra:
“Em 1911, segundo depoimentos de antigos moradores, a Vila Poá [região situada por trás de onde hoje há a Igreja Santa Terezinha] na época de fortes chuvas ficava totalmente alagada. (...) Para atravessar do Largo do Taboão até além do Tanque Velho [imediações do atual piscinão defronte ao hipermercado Extra] o morador Benedito Nunes Vieira, o “Nêgo Nunes”, construiu uma balsa usando cartolas vazias de vinho e madeira. Ele cobrava 200 réis e nos dias de chuva chegavam a formar filas de mais de 50 carreiros. “Nêgo Nunes”, já falecido, dizia que o serviço rendia bom dinheiro e ele torcia para chover sempre”.(Taboão da Serra Sua História Sua Gente – edição do autor, 1994 – página 120)
Exatamente
três janeiros atrás, em 11.jan.2012, também exatamente num cair de tarde, após
uma chuva igualmente torrencial feito a de ontem, um rádio-repórter colheu do
então secretário municipal de manutenção que “os pontos [de alagamentos] que foram atingidos, são os pontos que já são do
conhecimento geral. Inclusive dos próprios moradores.” – confira o podcast da
época aqui
A enchente
é palavra tão incorporada ao vocabulário da população local, que já virou até inspiração para uma tragi-comédia levada ao palco em 2012 pelo Teatro Encena, situado no limite entre os municípios de Taboão da Serra e São Paulo.
No recorte
de jornal abaixo, reportagem de fevereiro de 1986 sobre o mesmo e sempre
velho tema:
Arquivo: David da Silva |
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