quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A lente profissional e o olhar amador

Danou-se.
Repórteres fotográficos da região central da Inglaterra não serão mais contratados por uma importante agência britânica de notícias.
Serão priorizadas fotos enviadas por leitores.
A matéria publicada hoje no Observatório da Imprensa, me fez lembrar a imagem mais impactante da recente enchente que assolou Taboão da Serra.
A cena de um automóvel engolido pelo córrego Pirajuçara não foi captada por profissionais do jornalismo local. O registro foi feito pelo celular de uma pessoa do povo.

Tecnologia é a culpada
No artigo reproduzido nesta quinta-feira pelo Observatório, o professor de jornalismo Roy Greenslade não demonstra surpresa:
“A surpresa é não ter acontecido antes. Depender de freelancers – e, é claro, de cidadãos com smartphones – para obter imagens é muito mais barato do que ter fotógrafos na equipe.
Sim, haverá aqueles que argumentarão que o resultado, em termos de qualidade, será pobre. Mas eu duvido que este será o caso em jornais semanais locais. Hoje em dia, todo mundo pode tirar, e tira, fotos automaticamente.
Não acontecem eventos – seja incêndios, festas, acidentes na estrada, gatos em árvores, o que for – sem que haja alguém pronto a tirar uma foto. Os fotógrafos de jornais se tornaram desnecessários”.

Nenhum comentário: