Danou-se.
Repórteres
fotográficos da região central da Inglaterra não serão mais contratados por uma
importante agência britânica de notícias.
Serão
priorizadas fotos enviadas por leitores.
A
matéria publicada hoje no Observatório da
Imprensa, me fez lembrar a imagem mais impactante da recente enchente que
assolou Taboão da Serra.
A cena
de um automóvel engolido pelo córrego Pirajuçara não foi captada por
profissionais do jornalismo local. O registro foi feito pelo celular de uma
pessoa do povo.
Tecnologia é a culpada
No
artigo reproduzido nesta quinta-feira pelo Observatório,
o professor de jornalismo Roy Greenslade não demonstra surpresa:
“A
surpresa é não ter acontecido antes. Depender de freelancers – e, é claro, de
cidadãos com smartphones – para obter imagens é muito mais barato do que ter
fotógrafos na equipe.
Sim,
haverá aqueles que argumentarão que o resultado, em termos de qualidade, será
pobre. Mas eu duvido que este será o caso em jornais semanais locais. Hoje em
dia, todo mundo pode tirar, e tira, fotos automaticamente.
Não
acontecem eventos – seja incêndios, festas, acidentes na estrada, gatos em
árvores, o que for – sem que haja alguém pronto a tirar uma foto. Os fotógrafos
de jornais se tornaram desnecessários”.
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