Motorista tentou fugir após atropelar 5 pessoas, matando uma delas. Foto: Marco Ambrósio / Estadão |
O
pedreiro Luis Antonio Conceição Machado, 43 anos, que matou atropelado um idoso
e feriu outras quatro pessoas dentro do campus da USP na manhã de sábado, 16 de
agosto, responderá processo por homicídio doloso (com intenção de matar). A
decisão da Justiça foi divulgada no início da noite de ontem, 2ª-feira, dia 18.
O
pedreiro, que reside na periferia de Taboão da Serra, dirigia seu Toyota Corolla
às 9h da manhã nas vias internas da Universidade de São Paulo (USP) quando atropelou
pedestres na via pública, subiu na calçada atingindo mais pessoas, e bateu em
uma árvore. Ele tentou fugir do local, e ao dar ré no veículo atropelou outro
transeunte. Frequentadores do campus impediram a fuga do condutor. Atingido
pelo carro, o maratonista Álvaro Teno, 67 anos, não resistiu aos ferimentos e
faleceu momentos depois do acidente.
O
teste de bafômetro indicou que Luis Antonio estava com 0,54 decigramas de
álcool, acima do limite permitido. Preso em flagrante pelo cabo Jefferson Dias,
o motorista alegou que havia cochilado ao volante.
Inicialmente
a Polícia Civil instruiu a ocorrência como homicídio culposo (sem intenção). A
Promotoria pediu a reclassificação do crime, mas o juiz de plantão negou,
estipulando uma fiança de R$ 55 mil para Luis Antonio não ser preso. A juíza
Aparecida Angélica Correia decidiu em contrário, e o pedreiro segue preso no
Cadeião de Pinheiros.
Em
contato telefônico com a imprensa, a esposa do motorista, que se identificou
apenas como Fátima, disse que o advogado a orientou a não declarar se Luis
Antonio tem o hábito de dirigir sob efeito de álcool. Eles são casados há 20
anos, e têm dois filhos adolescentes. Segundo Fátima, seu marido “está passando
por transtornos psicológicos no momento”. O automóvel Corolla de cor prata, ano
de fabricação 2004, é financiado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário