Subsecretário de Governo (gravata vermelha) acusa empresa terceirizada por erros na folha de pagamento. Empresa nega a culpa Foto: Márcio Cansian | Jornal Atual - 31.mai.2022 |
David
da Silva
Aguardada com ansiedade por trazer o reajuste atrasado há cinco meses, a folha de pagamento dos profissionais da rede municipal da Educação de Taboão da Serra veio com erros grotescos neste mês de maio. “Professores receberam menos que 10,16% de reposição da inflação. Outros não receberam o [reajuste] retroativo [ao mês de janeiro]. Salário não foi reajustado em cima do valor mencionado... tudo errado”, resume uma professora adjunta com 19 anos de prefeitura. A gestão Aprígio jogou a culpa na empresa terceirizada que processa a folha do funcionalismo. A empresa nega responsabilidade no ocorrido, pois “não tem acesso ou controle sobre os lançamentos dos dados da prefeitura”. Funcionásios da Secretaria da Educação foram à Câmara Municipal reclamar.
Cálculos errados e
tabela confusa
A
Secretaria Municipal de Educação de Taboão da Serra tem 2.710 funcionários.
Segundo uma pessoa da Secretaria de Gestão de Pessoas “não houve tempo de fazer
os apontamentos, pois receberam a folha de pagamento somente agora [31 de
maio]. Tem erros [nos holerites] para bastante gente”.
Uma
professora de educação básica 1 (aulas da 1ª à 5ª série) com 11 anos de casa
informa que “ao todo recebi 23,41%. Mas
pelo que entendi o percentual não foi o mesmo para todos. Gostaria que
esclarecessem esses percentuais”.
Com
13 anos na prefeitura, uma professora adjunta reclama que a prefeitura não lhe
pagou os 33,24% de reajuste do piso salarial que já está acumulado desde
janeiro. “Recebi apenas os 10% [10,16%] do dissídio. Inclusive já olhei o
holerite e não está lá também”.
Da
mesma escola onde trabalha a professora adjunta do parágrafo anterior, uma
assistente de desenvolvimento escolar se queixa que “entre os outros absurdos
em nossos holerites, adicional noturno só conta a partir das 22h. É revoltante
demais”.
Na
Prefeitura de Taboão desde fevereiro de 2003, uma professora adjunta relata que
“não pagaram para os professores adjuntos. Um absurdo. Tem colegas que receberam
de reajuste 8% e não os 10,16%”.
Perante cerca de 50 servidores do ensino que foram à Câmara protestar na última 3ª-feira (31), o secretário adjunto de Governo Claudemir Alves alegou que “houve um erro da empresa Conam que processa a folha de pagamento”, relata Márcio Cansian, do Jornal Atual. Segundo o subsecretário seria feita uma folha de pagamento complementar.
CONAM RESPONDE
Por
meio do assessor de imprensa Marco Berringer, a empresa se manifestou sobre a culpa
a ela atribuída:
“A respeito do problema apontado, a Conam – Consultoria em Administração Municipal explica que é responsável somente pela cessão de uso do software, mas não tem acesso ou controle sobre os lançamentos dos dados da prefeitura. Não pode ser responsabilizada por esse problema.”
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