quarta-feira, 3 de abril de 2024

Para municipalizar BR-116, Aprígio fez prefeitura assumir despesa de R$ 9 milhões com conservação da via, e R$ 330 milhões em obras

Fonte: Concessionária Arteris Régis Bittencourt
David da Silva

Desde as 22h do último dia 22 de março, todas as despesas do trecho da BR-116 que cruza Taboão da Serra estão por conta da prefeitura. Os custos somam cerca de nove milhões de reais (R$ 8.837.839,01). Isso equivale a 26,22% do orçamento anual da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e Manutenção.

O trecho municipalizado equivale a quatro vezes o tamanho da Estrada Kizaemon Takeuti, maior via local, com 3 km + 200 m de extensão. As duas pistas da BR-116 têm 6,55 km cada uma, totalizando 13,1 km de ida e volta entre o km 268,9 e o km 275,45.

Impacto financeiro

No item 5.1 do documento intitulado “Proposta de celebração de Termo Aditivo à Municipalização”, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) apontou que “o impacto econômico-financeiro resultante da exclusão dos serviços de conservação, monitoramento, manutenção e operação totaliza R$ 8.837.839,01”. A agência observa que um novo termo aditivo será necessário “para retificar o montante exato referente ao item 5.1”.

Além das despesas operacionais, a Prefeitura de Taboão da Serra vai arcar com “os investimentos que porventura não tenham sido previstos ou realizados pela Concessionária”, acrescenta o documento da ANTT emitido em 08.fev.2024.

Em novembro/2016, o ex-prefeito Fernando Fernandes assinou uma minuta de contrato com a ANTT condicionando a municipalização somente depois que a Arteris Régis Bittencourt concluísse: alargamento do Viaduto Paulo Ayres; construção de viaduto no km 274; abertura de galerias pluviais para eliminar pontos de alagamentos no trecho taboanense da BR-116.

Agora, com a municipalização realizada por Aprígio, essas obras, hoje estimadas em R$ 336 milhões, terão de ser pagas pelo município.

Manutenção em baixa

Do ano passado para este, a verba da Secretaria de Manutenção foi cortada, e caiu de R$ 38.251.976,00 para R$ 33.701.962,27.

Motoristas e pedestres que utilizam o trecho municipalizado da BR-116 reclamam que calçadas e a mureta central estão sem conservação, com mato e lixo.


Fotos: David da Silva

Um comentário:

Anônimo disse...

O desgoverno federal foi ligeiro pra empurrar o b.o da BR para os políticos atrasados de sucupira. Esperar pra ver o atendimento aos acidentes, carretas tombadas, etc no padrão Taboão.