sábado, 1 de novembro de 2025

Empresa de ministro condecorado por Taboão volta a lucrar com dinheiro público

O juiz e o réu: unidos pelo contrato
David da Silva

Com o Título de Cidadão concedido por unanimidade pela Câmara de Taboão da Serra, o ministro do STF André Mendonça, que também é do TSE, tem protagonizado casos de empresa particular que lucra com verbas públicas. Neste sábado (1), Mendonça está citado no blog da Malu Gaspar, no O Globo, porque o seu instituto recebeu R$ 273 mil do Governo de Roraima, e o ministro pediu vistas por duas vezes no processo contra o governador daquele Estado.

Agora com a cidadania taboanense graças aos atuais 13 vereadores, André Mendonça interrompeu o processo de cassação do governador Antonio Denarium em duas ocasiões. A primeira suspensão da ação eleitoral aconteceu no final de agosto, seis meses depois de o Instituto Iter, criado por Mendonça, ter firmado contrato com o governo roraimense “para capacitar servidores públicos”. Após o prazo regimental de 30 dias, Mendonça pediu prorrogação adicional de mais um mês, que se esgotou hoje, sábado (1º). Pelo regimento do TSE, não cabem novas prorrogações.

Denarium é réu por abuso poder político e econômico nas eleições de 2022. As acusações incluem distribuição de cestas básicas, elevação de gastos com publicidade institucional, e reformas em casas de eleitores no período eleitoral.

Em 26.ago.2025, a manobra de Mendonça veio em socorro do governador, pois a ministra Isabel Gallotti, relatora do processo, havia votado pela sua cassação, e determinado novas eleições em Roraima.

O contrato entre o governo de Roraima e a empresa do ministro foi assinado em 17 de fevereiro.

Empresa de Mendonça fechou contrato com governo cujo governador é julgado pelo próprio Mendonça no TSE


 

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